O nacionalista Ollanta Humala venceria a conservadora Keiko Fujimori no segundo turno das eleições presidenciais no Peru, embora ainda exista uma grande quantidade de indecisos em um eleitorado altamente polarizado, mostra uma pesquisa divulgada neste domingo, 24.
Humala, que moderou seu discurso e promete reformas graduais para reduzir a pobreza, tem 42% das intenções de voto, segundo pesquisa Ipsos Apoyo publicada pelo jornal “El Comercio”.
Fujimori, uma parlamentar apoiada pelas forças conservadoras e o sistema financeiro, é filha do ex-presidente Alberto Fujimori e obteve 36% das intenções de voto, de acordo com a sondagem, a primeira divulgada para a eleição de 5 de junho.
Humala e Fujimori foram os dois candidatos mais votados no primeiro turno de 10 de abril, ao conseguirem 31,7% e 23,6% dos votos válidos, respectivamente.
“Nas próximas semanas, ambos os candidatos deverão buscar os 22% de eleitores que não se decidem por nenhum deles”, disse o diretor da Ipsos Apoyo, Alfredo Torres, ao “El Comercio”. Essa porcentagem mostrada pela pesquisa ratifica que no Peru nada está definido, pois muitos decidem ou mudam de voto na frente da urna.
Desespero dos Fujimori
Neste domingo, diante dos novos resultados das pesquisas, Keiko Fujimori pediu perdão pelos erros e crimes cometidos durante o governo do pai, o ex-presidente Alberto Fujimori. “Sou consciente de que represento o fujimorismo e como tal tenho que reconhecer e pedir perdão à população por estes erros e comprometer-me a que nunca mais estes erros ou delitos voltem a ser cometidos”, declarou.
A candidata, de 35 anos, negou que o governo do pai, eleito em 1990 e que em 1992 protagonizou um golpe de Estado, tenha sido uma ditadura.
“Não foi uma ditadura porque foi eleito pelo povo, mas foi autoritário”, afirmou, antes de destacar que o regime fujimorista, que permaneceu no poder até o ano 2000 – quando entrou em colapso por um escândalo de corrupção – teve “coisas positivas”, junto a “grandes erros” e que “foram cometidos delitos”.
Com agências