Atenas está hoje virtualmente ocupada pelos mais de 800 delegados de todo o mundo que participarão até o próximo domingo do 16º Congresso Sindical Mundial, e por centenas de cartazes nas principais ruas da milenária cidade.
Posters em grego, inglês, espanhol, francês e árabe estão pregados em diferentes ruas como Syntagma, onde se encontra o Parlamento Helênico, o que torna quase impossível aos quase quatro milhões de atenienses e visitantes se abstrair do fórum operário.
Alguns dos participantes, especialmente os latino-americanos que tiveram que cruzar o Atlântico para assistir ao encontro, se esqueceram do cansaço na noite desta terça-feira (5) e conversaram animadamente sobre os desafios da Federação Sindical Mundial (FSM), criada em outubro de 1945.
De acordo com os organizadores, espera-se na inauguração cantos e danças dos diferentes continentes, além de saudações de delegados e sindicatos nacionais.
Como parte dos preparativos, na terça-feira se realizou uma reunião do Conselho Presidencial da FSM, na qual seu presidente, Mohamed Shaaban Azouz, denunciou as consequências devastadoras do capitalismo por todo mundo e a divisão que tem implicado entre os povos na hegemonia dos grandes centros de poder.
Os organizadores propõem a adoção no evento ateniense de uma campanha internacional para reivindicar 35 horas de trabalho semanalmente, cinco dias com sete horas cada, e o melhoramento dos salários.
Depois da inauguração com música tradicional grega, os participantes debaterão no Estádio da Paz e Amizade, no porto do Pireo, sobre globalização, a crise econômica do capitalismo e o papel dos sindicatos.
Além da eleição das novas autoridades para os próximos cinco anos, se falará sobre greves, lutas na Europa e também serão feitas exigências de trabalho decente e do movimento sindical contra o poder das multinacionais.
Fonte: Agência Prensa Latina
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