Professores capixabas protestam e podem decretar greve

A manhã desta quinta-feira (31) foi marcada por movimento e gritos nas ruas do município de Serra, na Grande Vitória. Os profissionais do magistério do município demonstraram descontentamento com a gestão do atual prefeito Sérgio Vidigal. Durante a última campanha eleitoral, o prefeito assinou publicamente uma carta se comprometendo a desenvolver uma política em prol da qualidade na Educação. Agora, a classe cobra de Vidigal o cumprimento de sua palavra. Uma reunião nesta sexta-feira (01) poderá decidir o destino  da educação do município.

Após inúmeros envios de ofícios, a classe conseguirá uma conversa com o prefeito. Vidigal irá se reunir nesta sexta com cerca de seis representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Espírito Santo (Sindiupes). A reunião será no próprio gabinete.  A categoria está ansiosa para a audiência. “Era para nós termos um diálogo constante, mas não conseguimos. Esperamos que ele cumpra sua palavra e mude esse cenário”, declarou o diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores(as) em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Swami Cordeiro Bérgamo.

No protesto realizado foi usado um caixão para simbolizar a atual política de falecimento da Educação Municipal. Um boneco denominado “Vidinóquio”, ironicamente fazia alusão as mentiras do famoso boneco Pinóquio com o nome do prefeito. Além disso, a categoria ocupou a sede da Administração Municipal. “Quando não se governa devidamente, nós invadimos. Ele tinha responsabilidades sérias para desenvolver uma educação pública, democrática e de qualidade. Serra tem a segunda maior arrecadação do Estado, e tem todas as condições para sair desse caos educacional”, declarou Bérgamo

A categoria briga pelas perdas salariais históricas. Também alega que a prefeitura não reverte à situação caótica que se encontra a educação: estruturas precárias ou totalmente comprometidas, superlotação das salas de aula e no transporte escolar, reformas paradas e desestruturação no fornecimento da merenda escolar.

Mesmo trabalhando normalmente desde fevereiro, um grupo de aproximadamente 400 profissionais da educação em designação temporária (DT) ainda não receberam seus salários. No dia 05 de abril será realizada, a partir das 9h30, uma assembléia da categoria no Centro de Treinamento de Carapina, onde será apreciado o indicativo de greve.

Paralisação da Rede Estadual.

Também na manhã desta quinta-feira (31), uma assembleia reuniu cerca de 700 professores da rede estadual de ensino. A categoria está em construção de estado de greve. De acordo com uma das representantes do Sindicato, Rosalba Coutinho, se o governo não mudar a postura e não apontar soluções para uma gestão democrática, os trabalhos serão paralisados.
A próxima assembleia está marcada para o dia quatro de maio. Até lá, de acordo com Rosalba, a classe irá discutir nas escolas e nos municípios.

Magistério de Guarapari rejeita proposta da Prefeitura e entra em estado de greve

Em assembleia realizada no Guaracamping na manhã de ontem, dia 30, os professores da Rede Municipal de Guarapari rejeitaram a proposta de reajuste de 6% apresentada pela Prefeitura do município e entraram em estado de greve a partir de hoje. O magistério realiza assembleia no próximo dia 05 para nortear os rumos do movimento.

Os professores reivindicam o cumprimento da Lei do Piso Salarial orientada pela CNTE, mesmo proporcionalmente à 25 horas semanais. Também na assembleia foi exigido o das aulas de 50 minutos e a abertura das contas da Prefeitura de Guarapari para apuração de receitas e despesas.

Também foi reiterada a necessidade de reformas emergenciais nas escolas e creches municipais. Por fim, a assembleia agendou uma outra assembleia, no dia 05 de abril, às 15h30, mais uma vez no auditório do Guaracamping para decidir os rumos do movimento.

Portal CTB com informações do Sindiupes

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