Termina greve dos trabalhadores em Suape

Terminou nesta quarta-feira (30) a greve dos trabalhadores da construção da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape, no complexo industrial de Suape em Ipojuca, Pernambuco.

De acordo com o Sindicato Nacional das Indústrias da Construção Pesada (Sinicon), todos os cerca de 28 mil trabalhadores que estavam parados desde o dia 17 de março voltaram às obras.

A decisão de retornar ao trabalho foi tomada em assembleia realizada na manhã desta quarta, em que os funcionários acataram a  decisão  anunciada na véspera pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região, que considerou a paralisação ilegal e determinou o fim da greve nesta quarta, sob multa diária de R$ 5 mil.

 
Imagem de arquivo mostra o dia em que 100% dos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape aderiram à greve (Foto: Helia Scheppa/AE)

Conforme disse ao G1 o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada, Wilmar Santos, os trabalhadores consideraram positiva a concessão de 100% sobre as horas extras dos sábados e de vale-alimentação de R$ 160 por mês, determinada pela Justiça. Estes valores eram pedidos pelos trabalhadores.

“Esperamos que esses valores retroativos ao dia 1 de março sejam pagos junto com o salário desse mês, que começa a ser pago nesta sexta-feira, 1 de abril”, afirmou Wilmar Santos.

Margareth Rubem, advogada do Sinicom, diz que o Sindicato deve recorrer da decisão sobre os benefícios no Tribunal Superior do Trabalho, já que tal concessão fere a convenção firmada com os trabalhadores e que vale até 31 de julho.

“O sindicato entende que houve uma afronta à Constituição Federal, já que tem que se manter válida a convenção que está em vigor até 31 de julho”, diz a advogada, que ressaltou que ” o canal de negociação sempre está aberto” para os trabalhadores.

A expectativa, dizem as entidades, é de que nos próximos 15 dias haja uma decisão sobre se os dias parados serão ou não descontados.

“Esperamos que esse desconto não aconteça. Mesmo porque, se isso ocorrer, inviabiliza todas as nossas conquistas”, avalia  Wilmar Santos.

Histórico
A paralisação em Suape começou no dia 7 de fevereiro, iniciada pelos trabalhadores do consórcio Conest (Odebrecht e OAS), contratado pela refinaria. Houve uma “trégua” para negociações no dia 17 de fevereiro que durou até 16 de março.

Após o fracasso das conversações entre o sindicato patronal e dos trabalhadores, as obras voltaram a ser suspensas e os funcionários cruzaram os braços no dia 17 de março. A partir do dia 18, o movimento teve a adesão de dos outros consórcios e de empresas que prestam serviços à refinaria, além da Petroquímica Suape.

Fonte: G1

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