Centrais gaúchas buscam alteração de faixas e inclusão de categorias no piso regional

A pedido do deputado Heitor Schuch (PSB),a Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável (CEDS), da Assembleia Legislativa, realizou audiência pública nesta quarta-feira (16) para debater o Piso Regional. O encontro foi presidido pelo deputado Adilson Troca, e contou com a participação das centrais sindicais, dos empresários e do governo.

Para o presidente da Fecosul e da CTB/RS, Guiomar Vidor, o debate foi oportuno e produtivo. “Ficou definido, por consenso, que será encaminhado pelos líderes de bancada um substitutivo prevendo a inclusão de categorias que ainda não estão contempladas, bem como alteração de faixas das categorias já beneficiadas, que são solicitações antigas dos trabalhadores”, explica Vidor.

Na sua intervenção na audiência, Vidor falou da importância tanto o salário mínimo nacional como do piso regional para a economia e para o desenvolvimento do estado e do país. Segundo o presidente da CTB, a própria Fundação Estadual de Economia e Estatística (FEE) e a Carta Manifesto, aprovada na primeira reunião, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) apontaram a necessidade de uma política permanente de valorização do piso regional. Estes documentos afirmam que para alavancar o desenvolvimento é preciso melhorar o salário para gerar mais consumo e aquecer a economia.

Vidor disse também que ao contrário do que argumentam alguns setores empresariais, o reajuste do piso regional não afeta as pequenas empresas, pelo contrário. “Hoje o salário médio de contratação das empresas com até nove funcionários é de R$ 710,00, e nas empresas de 250 a 500 funcionários o valor cai para R$ 618,00. Este argumento não procede considerando que defendemos o reajuste de 12, 59%, o que deixaria a primeira faixa do mínimo regional com R$ 615;00”, observa o presidente da Fecosul.

A proposta das centrais sindicais gaúchas é de que o piso regional seja reajustado em 12,59%. Já o governo encaminhou projeto para a Assembleia propondo aumento de 11,6%, sendo que a menor faixa ficaria com piso em R$ 610,00.   

Márcia Carvalho – Fecosul

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