O Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) publicou nesta terça-feira (15/03) a deliberação tomada pela assembleia de que a categoria encontra-se em estado de greve. Esta é um das determinações da lei de greve e assegura o direito dos trabalhadores de Tecnologia da Informação a iniciar as paralisações a partir do dia 18 de março, conforme o deliberado na assembléia realizada no sábado (12).
“Essa é mais uma demonstração de que a categoria está organizada, unida e pronta para a paralisação. O sindicato patronal precisa entender que os trabalhadores sabem exatamente o que querem. Nós estamos prontos para paralisar empresa por empresa”, afirma o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
A assembleia que decretou o estado de greve contou com a presença de cerca de 1000 trabalhadores e decidiu pela realização de paralisações gerais ou pontuais nas empresas. A estratégia a ser adotada, no entanto, não é revelada pelos sindicalistas.
Durante a assembleia estiveram presentes trabalhadores de todas as regionais do Sindpd. Dentre elas, caravanas de Santos, Ribeirão, Sorocaba, Campinas e Araraquara. Contudo, o maior número de trabalhadores presentes foi da Capital e Região Metropolitana.
A decisão atinge cerca de 90 mil profissionais no Estado de São Paulo, nas 7.800 empresas, que concentram quase metade da categoria no Brasil. O Grande ABC corresponde a 15% do total, o que representa cerca de 13,5 mil trabalhadores.
A negociação salarial dos trabalhadores de TI foi interrompida em janeiro depois de quatro rodadas de debates entre o sindicato patronal e o Sindpd. As principais reivindicações dos trabalhadores são 11,9% de aumento salarial linear, desenvolvimento de plano de PLR (Participação em Lucros e Resultados), auxílio-refeição de R$ 15 por dia e ampliação de pisos. O sindicato patronal oferece reajuste salarial de 6,47%, índice que apenas repõe a inflação, e refuta todas as outras solicitações.
O sindicato também colocou em votação o ingresso de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho que foi aprovado por unanimidade pelos trabalhadores. A lei garante a aceleração do processo do julgamento do dissídio das categorias que estão em estado de greve e proíbe a demissão de funcionários durante a paralisação, bem como a contratação de trabalhadores substitutos.
“Não podemos nos afobar, temos que ter cuidado e preparar muito bem o terreno para que tudo dê certo. Não podemos usar todos os nossos instrumentos de uma vez só. É necessário utilizar o elemento surpresa, que neste momento consiste num dos nossos maiores trunfos”, enfatizou o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
Saiba Mais – O que a Tecnologia da Informação (TI)
A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como um conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação. Na verdade, as aplicações para TI são tantas – estão ligadas às mais diversas áreas – que existem várias definições e nenhuma consegue determiná-la por completo.
A TI é uma grande força em áreas como finanças, planejamento de transportes, design, produção de bens, assim como na imprensa, nas atividades editoriais, no rádio e na televisão. O desenvolvimento cada vez mais rápido de novas tecnologias de informação modificou as bibliotecas e os centros de documentação (principais locais de armazenamento de informação), introduzindo novas formas de organização e acesso aos dados e obras armazenadas; reduziu custos e acelerou a produção dos jornais e possibilitou a formação instantânea de redes televisivas de âmbito mundial.
Além disso, tal desenvolvimento facilitou e intensificou a comunicação pessoal e institucional, através de programas de processamento de texto, de formação de bancos de dados, de editoração eletrônica, bem como de tecnologias que permitem a transmissão de documentos, envio de mensagens e arquivos, assim como consultas a computadores remotos (via rede mundiais de computadores, como a internet). A difusão das novas tecnologias de informação trouxe também impasse e problemas, relativos principalmente à privacidade dos indivíduos e ao seu direito à informação, pois os cidadãos geralmente não têm acesso a grande quantidade de informação sobre eles, coletadas por instituições particulares ou públicas.
As tecnologias da informação não incluem somente componentes de máquina. Existem tecnologias intelectuais usadas para lidar com o ciclo da informação, como técnicas de classificação, por exemplo, que não requerem uso de máquinas apenas em um esquema. Esse esquema pode, também, ser incluído em um software que será usado, mas isso não elimina o fato de que a técnica já existia independentemente do software. As tecnologias de classificação e organização de informações existem desde que as bibliotecas começaram a ser formadas. Qualquer livro sobre organização de bibliotecas traz essas tecnologias.
Os maiores desenvolvedores mundiais desse tipo de tecnologia são Suécia, Cingapura, Dinamarca, Suíça e Estados Unidos, segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009-2010 do Fórum Econômico Mundial. O Brasil é o 61º nesse ranking[1].
Portal CTB com informações do Diário do Grande ABC, Convergência Digital e Wikipédia