A greve dos operários da construção da Bahia continua e a categoria vai participar de uma manifestação, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção, nesta quinta-feira, dia 24/02, às 17 horas, na Praça Castro Alves, para decidir os rumos do movimento.
O movimento paredista foi iniciado no dia 10/02 e, segundo o presidente do SINTRACOM-BA – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção, José Ribeiro, já tem mais de 95% dos canteiros parados em Salvador e em diversos municípios que aderiram à greve, dentre esses Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Barreiras, Jequié e Juazeiro. Na semana passada, a categoria fez uma passeata com mais de oito mil trabalhadores nas ruas do centro.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 15%, aumento da cesta básica para R$ 110; qualificação profissional; contrato de experiência com limite máximo de 30 dias; reconhecimento de novas funções; quando houver programação de horas extras o lanche ou o jantar devem ser fornecidos no início da primeira hora, para quem faz a partir de duas horas extras, após as 17 horas; garantia de estabilidade com o cumprimento das leis relacionadas às trabalhadoras gestantes; depósito da quantia líquida da rescisão dentro do prazo estabelecido no artigo 477 da CLT, e se a homologação não ocorrer até o segundo dia posterior ao depósito, a empresa pagará multa correspondente; além da garantia dos direitos já adquiridos e que constam da Convenção Coletiva.
Os patrões continuam oferecendo apenas 6,47% de reajuste e querem que os trabalhadores paguem todos dias parados, enquanto o Sintracom-Ba propõe a divisão, metade dos dias parados os trabalhadores compensam e a outra metade as empresas abonam. A mediação da Superintendência Regional do Trabalho e emprego fez a proposta de reajuste salarial de 8% a partir de 1º de janeiro e mais 4% a partir de 1º de março.
Confira as propostas nas tabelas abaixo e em anexo: