Após reunião com representantes das centrais sindicais, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou na tarde da última quarta-feira (9) o novo salário mínimo regional. São três faixas: R$ 600, R$ 610 e R$ 620. O projeto será encaminhado para votação à Assembleia Legislativa e após aprovado, começa a vigorar em 1º de abril.
O mínimo beneficia cerca de 1,4 milhão de trabalhadores que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. Ele está dividido em três faixas salariais, com 105 ocupações no total.
De acordo com o presidente da CTB-SP, Onofre Gonçalves (foto), a proposta dos sindicalistas era que o piso ficasse em torno de R$ 610,00 para a primeira faixa, no entanto, a iniciativa de São Paulo de chegar ao piso de R$ 600, prova ao governo federal que é possível, sim, elevar o índice de reajuste do salário mínimo, sem que isso signifique aumento da inflação ou comprometa as finanças do Estado.
“Acredito que mesmo não chegando ao valor desejado, contempla a classe trabalhadora que vai obter um ganho real e não apenas a reposição da inflação do período. Além disso, temos que destacar como positiva a iniciativa do governo estadual de abrir o canal de diálogo com as centrais e se comprometer em antecipar até 2014, a discussão do piso regional para janeiro, como já é feito em âmbito nacional”, destaca Onofre.
