Sindicalistas protestam contra impunidade na Chacina de Unaí, em Minas Gerais

A CTB Minas participa, na próxima sexta-feira (28), de um ato público contra os sete anos de impunidade da Chacina de Unaí. A iniciativa é do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais (AAFIT-MG). O início da manifestação está programado para as 10h, em frente ao prédio da Justiça Federal em Belo Horizonte, na Avenida Álvares Cabral, número 1.805, Bairro Santo Agostinho.

Os manifestantes exigem que seja marcada data para o julgamento dos nove acusados, e que o processo volte a correr em Minas. Apenas cinco dos nove réus estão presos. Todos os recursos que protelam o julgamento pelo Tribunal Regional Federal – 1ª Região já foram apreciados pelo Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.  

Entre os quatro beneficiados por habeas corpus, estão a dupla de fazendeiros e irmãos Antério e Noberto Mânica, grandes produtores de feijão. Em 2004, Antério Mânica foi eleito, mesmo estando dentro da cadeia. O candidato do PSDB teve, então, 72,37% dos votos válidos. Reeleito em 2008, Antério Mânica tem direito a foro especial, e deve enfrentar processo somente após decisão de júri popular sobre os demais acusados.

Entenda o caso

Há sete anos, quatro servidores federais – três auditores fiscais do trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego – eram assassinados durante inspeção de rotina na cidade mineira de Unaí, a 350 km de Belo Horizonte. O motivo para o crime seriam as multas constantemente aplicadas pelos fiscais aos irmãos Mânica.

A versão das vítimas foi narrada pelo motorista Aílton Pereira de Oliveira. Mesmo ferido, ele conseguiu escapar do cenário do fuzilamento e chegou a receber os primeiros socorros. Antes de morrer, o motorista narrou uma emboscada, que teria contado com um grupo de homens fortemente armados, saídos de um automóvel numa estrada rural. Morreram na hora os fiscais Erastótenes de Almeida Gonçalves, Nelson José da Silva e João Batista Soares Lages morreram na hora. Todos levaram tiros na cabeça.

Fonte: CTB Minas

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