O Sindicato dos Bancários de Sergipe e a CTB vêm a público manifestar a indignação dos trabalhadores e trabalhadoras sergipanos vítimas da sede de lucro dos empresários de hospitais privados.
Apesar do Papai Noel na faixada, o Hospital de SE não presta atendimento pediátrico
Estas entidades sindicais consideram a criança como prioridade em todas as políticas públicas e não aceitam que, justamente no momento em que elas precisem de atendimento à saúde, tenham que peregrinar com seus pais e mães de hospital em hospital em busca de atendimento, por capricho de gananciosos do setor.
A pediatria é uma das especialidades mais importantes da medicina, pois cuida dos homens e mulheres do futuro, mas vem perdendo espaço na rede hospitalar privada porque seria um setor deficitário, na visão dos empresários.
Os trabalhadores(as) tiram parte significativa dos seus salários para custearem Planos de Saúde para seus filhos na intenção de garantir um atendimento de forma rápida, tendo em vista a vulnerabilidade desta fase da vida. Porém, nos últimos dois anos, os três principais hospitais privados de Sergipe fecharam parcial ou totalmente a área de pediatria.
O baixo retorno financeiro alegado pelos hospitais não seria em relação ao valor da consulta, que é o mesmo em qualquer especialidade. A diferença está no rendimento com medicamentos, materiais e internações. Enquanto um paciente de ortopedia gasta muito com remédios e até próteses, o lucro da pediatria nesses quesitos é bem menor.
Alguns dirigentes de hospitais privados chegam a afirmar que, “hoje, a necessidade de internação (na pediatria) é muito pequena. Quando se interna, o tratamento é simples”. Essa visão revela a preocupação do empresário unicamente com o lucro.
O SEEB/SE e a CTB rechaçam essa visão anacrônica e mercadológica, e lembram que a Resolução nº 1451(91 do Conselho Federal de Medicina obriga os hospìtais de urgência e emergência a disponibilizar atendimento pediátrico.
“Exigimos que os empresários do sistema hospitalar privado garantam o direito ao atendimento pleno e de qualidade da saúde das famílias, especialmente das crianças, visto que o atendimento só é feito com o pagamento em dia das mensalidades dos Planos de Saúde”, destacam.
Fonte: Edivânia Freire – Seeb/SE
