Governo britânico nega planos para restringir direito à greve

O Governo britânico não tem planos imediatos para introduzir uma legislação que restrinja o direito à greve no Reino Unido, tal como tinham exigidos grupos de empresários, segundo publicou neste domingo o The Sunday Times.

O jornal publicou as declarações de um alto cargo do Ministério do Tesouro, o conservador Francis Maude – responsável pela reforma do setor público e de contatos com os sindicatos – que afirma que “não estão perto de” impulsionar legislação de emergência para evitar o impacto de possíveis interrupções trabalhistas perante os maciços cortes econômicos previstos. A Confederação da Indústria britânica (CBI) tinha proposto, por exemplo, que, para que uma greve pudesse ser realizada, devia contar com o apoio de uma porcentagem mínima dos filiados do sindicato, em vez de poder antecipar com o respaldo da maioria dos participantes da votação.

“Não achamos que seja necessário introduzir mudanças, porque apesar de uma greve poder ser aprovada em votação com um número relativamente pequeno de participantes, isso não quer dizer que todo o mundo vá participar dela”, afirma Maude. Sobre a possibilidade de introduzir outras medidas antisindicais na linha do que já fez a ex-primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher nos anos 80, o político disse que essa opção não está sendo considerada.”Não estamos de nenhuma forma próximo dessa situação. Ninguém fala de uma greve geral, isso seria ilegal. Haverá ações coordenadas? Esperamos que não. Temos que seguir transmitindo a mensagem que estamos fazendo o possível para proteger o emprego”, declarou.

Os líderes dos principais sindicatos britânicos se reunirão esta semana para planejar uma grande manifestação em março e possíveis greves para abril – a greve geral está proibida – a fim de protestar pelos cortes iniciados pelo Governo.

EFE

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