Plebiscito dos Sapateiros gaúchos define prioridades

 

Pelo décimo segundo ano consecutivo o Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom realizou o Plebiscito do Orçamento Democrático, ação está que prima pelo pleno exercício da democracia. Neste Plebiscito o sapateiro votando de forma secreta em uma cédula define onde e como aplicar os recursos do Orçamento do ano seguinte.  A votação transcorreu de 03 a 09 de dezembro nas portas de fábricas e na sede do Sindicato, segundo Vicente Selistre, presidente do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, mais uma vez o Plebiscito foi marcado pela ampla participação dos trabalhadores que foram protagonistas de sua própria história, ou seja escrevendo a história da entidade, alías, no Sindicato quem manda é o Sapateiro”, salientou Vicente que seguiu sua analise: “Nas portas de fábrica expressaram de forma livre, democrática, transparente e soberana sua vontade. O nosso Plebiscito é inédito no Brasil e talvez na América Latina. Dentro do processo da Revolução Sapateira, o Sindicato vem radicalizando a participação nas decisões e na condução da entidade”, observou Vicente Selistre.

O Plebiscito teve seu encerramento na quinta-feira (09.12) e no inicio da noite o Conselho Geral do Sindicato com a presença de lideres comunitários, lideranças políticas e trabalhadores iniciou a apuração dos votos. Na abertura dos votos o presidente do Sindicato  Vicente Selistre ressaltou a importância deste processo no qual o sapateiro é sujeito da história e não mero coadjuvante, salientando que no Sindicato de Campo Bom o sapateiro tem voz e voto e que as decisões são tomadas através da consulta a base dos trabalhadores. Após a contagem dos votos mais uma vez os sapateiros optaram definiram como prioridades:

Este ano (2010), uma inovação no Plebiscito foi a Consulta Popular na qual os sapateiros puderam expressar: críticas, denúncias e elogios, primeiro no que se refere ao Sindicato, depois dentro da fábrica e por último no aspecto cidade de um modo em geral. As denuncias foram:  desrespeito as leis trabalhistas, falta de ventiladores e bebedouros, falta de educação no trato com o trabalhador.  Conforme o presidente do Sindicato, Vicente Selistre todas as denúncias serão apuradas e cobradas com rigor. Já na cidade o problema principal apontado pela Consulta é a saúde que vive um caos, com sérios problemas na Emergência do Hospital, falta de mais leitos pelo SUS e a falta de uma UTI no município, e ainda a falta de médicos e dentistas nos postos, além de problemas habitacionais com a falta de uma política habitacional séria e eficaz em Campo Bom foram pontos altos na avaliação dos sapateiros. (Jair Wingert; jornalista – Reg. Prof. MTb/RS 10.366)

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