A taxa de desemprego nos Estados Unidos voltou a subir em novembro, chegando a 9,8% da população, segundo os números oficiais divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano.
Foram abertos 39 mil postos de trabalho, piora em relação ao mês de outubro, quando foram abertas 172 mil vagas (dado revisado). O número de desempregados no país saltou de 14,8 milhões, em outubro, para 15,1 milhões de desocupados, em novembro.
Há três meses a taxa permanecia em 9,6% e a expectativa do mercado era de que ocorresse uma ligeira baixa em novembro, decorrente especialemente da elevação na previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país em um certo período) do terceiro trimestre.
A modesta criação de vagas também decepciona o mercado que esperava a criação de 145 mil novos postos de trabalho.
A média de horas trabalhadas no país se manteve em 34,3 horas por semana. Enquanto a remuneração média cresceu US$ 0,01, para US$ 22,75, por hora trabalhada. Nos últimos 12 meses, a remuneração subiu 1,6%. Em novembro, o setor privado também se manteve em US$ 19,19, por hora.
Setores
A criação de vagas de emprego foi fraca em todos os setores, inclusive com cortes de vagas públicas pelo governo devido a problemas orçamentários. A indústria eliminou 15 mil postos – influenciada pelo setor manufatureiro (que cortou 13 mil vagas). O setor de construção fechou 5 mil.
O setor de serviços foi o abriu mais postos de trabalho, criando 65 mil empregos, mesmo com o recuo de 28 mil vagas no varejo.
Na quarta-feira (1), foi divulgado que o setor privado ganhou 93 mil vagas no mercado de trabalho de outubro para novembro deste ano, segundo o relatório da consultoria de recursos humanos ADP. O número surpreendeu positivamente o mercado que estimava a criação de 68 mil postos.
O número de vagas abertas no setor privado é o maior em três anos. A alta de novembro é a 10ª consecutiva, com média de geração de 47 mil postos nos últimos 10 meses.
A ADP destacou que novembro mostrou uma aceleração do emprego privado o que pode sugerir que “a situação do país ganhe um pouco de brilho”. Mas a consultoria alerta que a elevação ainda não é suficiente para reduzir a taxa de desemprego, que provavelmente permanecerá acima de 9% em 2011. “Dado o modesto crescimento do PIB no segundo e terceiro trimestres, ocorreu a defasagem de trabalho por trás do PIB. Não seria surpreendente ver vários meses de ganhos moderados no emprego, mesmo que a economia ganha impulso de recuperação”, aponta o relatório.
PIB
No dia 23 de novembro, o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) revisou de 2% para 2,5% o crescimento do PIB do país no terceiro trimestre deste ano na relação com o trimestre anterior, que cresceu 2,4%. No primeiro trimestre o PIB apresentou alta de 2,7%.
Com informações da Folha.com