Os jornalistas da Rádio e Televisão de Portugal (RTP.SA) , decidiram nesta quarta-feira (27) aderir à greve geral de Portugal convocada para 24 de Novembro “como forma de luta contra o corte nos salários e de outras cláusulas de expressão pecuniária que o Governo pretende impor”, informa o comunicado do Sindicato dos Jornalistas (SJ).
Reunidos em assembléia com a presença de 40 trabalhadores, foi aprovada uma resolução em que se manifesta ainda o “repúdio pela política de gestão da empresa que tem contribuído para a degradação das condições de vida dos trabalhadores” e se reclama, entre outros aspectos, a “defesa intransigente do serviço público de Rádio e Televisão de Portugal”.
Os jornalistas reunidos em plenário salientam que têm vindo a perder poder de compra com as atualizações salariais decididas administrativamente pela administração da RTP.SA e que esta redução de poder de compra dos salários vem a par com o “agravamento de disparidades remuneratórias na empresa e com o não cumprimento de cláusulas de expressão pecuniária acordadas com a anterior administração, como é o caso do subsídio de condução para os jornalistas”.
Além disso, sublinham que “a administração, apesar de anunciar lucros operacionais, recusou negociar qualquer aumento aos trabalhadores e manteve uma atitude de total intransigência na tentativa de conciliação requerida pelo SJ ao Ministério do Trabalho”.
“As recentes medidas anunciadas pelo Governo, além de acentuarem a degradação das condições de vida resultante do aumento de impostos e congelamento de salários, representam uma ameaça acrescida para os trabalhadores da RTP.SA que estão confrontados com cortes nos salários e noutras rubricas de caráter pecuniário, como o subsídio de refeição, ao mesmo tempo que vêem reduzidos comparticipações sociais como o abono de família, pensões de reforma, medicamentos e outras”, refere a resolução.
Assim, os trabalhadores da RTP.SA hoje reunidos reclamam “uma inflexão na política de gestão da empresa no sentido de conciliar a necessária estabilidade financeira da RTP.SA com os legítimos interesses dos jornalistas e demais trabalhadores ao seu serviço”.
Reivindicam também uma gestão de recursos humanos “que corrija os desequilíbrios a nível remuneratório existentes na empresa”, “o cumprimento rigoroso das regras laborais consagradas no Acordo Coletivo de Trabalho e no Código de Trabalho” e “a defesa intransigente do serviço público de Rádio e Televisão de Portugal”.
Assim sendo, decidiram “marcar uma greve para dia 24 de Novembro, aderindo à greve geral já anunciada” e “recomendar à direção do Sindicato dos Jornalistas que proponha aos restantes sindicatos representados na empresa a realização de um plenário conjunto para concertar uma ação comum relativamente ao dia da greve”, refere o comunicado.
Com informações do Negócios online
