Grécia vive novo dia de greves e protestos de trabalhadores contra o governo

A Grécia vive nesta quarta-feira (22) uma nova onda de protestos, desta vez protagonizada pelos empregados ferroviários e das transportadoras, contra a política de “austeridade” do governo para reduzir a dívida do país.

Os trabalhadores protestam contra a decisão do governo de privatizar a empresa e as políticas de corte de salários para diminuir as perdas de dez bilhões de euros anuais da companhia.

Além disso, milhares de caminhoneiros, que há uma semana mantêm uma greve em protesto pela liberalização do setor, se encontram concentrados junto ao Parlamento, em Atenas, e interrompem o tráfego regularmente.

A greve dos caminhoneiros já causa problemas de desabastecimento na indústria e no comércio.

Além disso, grupos de agricultores se concentraram nesta quarta-feira no centro da capital para manifestações contra o Executivo, que exige que sejam usadas caixas registradoras para controlar mais seu faturamento na venda de seus produtos nos mercados, assim como o aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA).

O sindicato de funcionários convocou uma greve de 24 horas para o próximo dia 7 de outubro contra a redução salarial e o atraso da idade de aposentadoria aprovado pelo governo.

No dia seguinte, começarão no Conselho de Estado as audiências sobre a denúncia que os funcionários apresentaram contra o acordo do Governo com o Fundo Monetário Internacional e a eurozona, pelo qual a Grécia receberá 110 bilhões de euros em créditos em troca de uma dura política de economia.

França

Nesta quinta-feira (23), será a vez dos trabalhadores franceses cruzarem os braços, em mais uma greve geral no país contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Sarkozy.

No último dia 7, cerca de 2,5 milhões de pessoas foram às ruas em todo o país para se manifestar contra o projeto de aumentar de 60 para 62 anos a idade mínima para a aposentadoria.

A mobilização de milhões de franceses canaliza o sentimento crescente de rejeição em toda a Europa às medidas de austeridade adotadas pelos governos. A greve espelha ações adotadas em outros países europeus contra medidas de austeridade. Até agora os governos da Grécia, Espanha, Itália e Romênia vêm enfrentando greves para conseguir impor cortes dolorosos nos salários e gastos públicos.

O governo francês diz que a reforma é essencial para equilibrar as contas da aposentadoria até 2018, reduzir o déficit público e preservar a classificação de crédito AAA da França, que o ajuda o país a financiar sua dívida aos juros mais baixos possíveis nos mercados financeiros.

A nova greve tem a previsão de contar com um número maior de participantes do que a manifestação ocorrida há duas semanas. Nesse ínterim, os deputados franceses aprovaram (por 329 votos a 233) a proposta do governo Sarkozy.

Com agências

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.