Sindicalista entra em greve de fome no Panamá em protesto à Lei 30

Apesar dos esforços dos governos em conter manifestantes e ações, várias cidades panamenhas seguem mobilizadas em rechaço à Lei 30, sancionada pelo governo no dia 16 de junho. Para esta sexta-feira (16), na Cidade do Panamá, está marcado um ato em frente à Corte Suprema de Justiça para pedir a liberdade de Jaime Caballero, subsecretário geral do Sindicato Único de Trabalhadores da Indústria da Construção e Similares (Suntracs) e integrante da Frente Nacional pela Defesa dos Direitos Econômicos e Sociais (Frenadeso).

Detido pela equipe do Conselho de Segurança desde o último dia 10, Jaime Caballero iniciou uma greve de fome no mesmo dia. Ele foi preso durante as repressões policiais ocorridas em Bocas del Toro e levado à prisão da Direção Nacional de Investigação Judicial da Polícia Nacional.

O argumento utilizado pelas forças policiais foi o de que o sindicalista estava reunindo e traçando estratégias junto com outros dirigentes, quando em verdade ele participava de um encontro para definir pontos da categoria, atividade legítima dos sindicatos.

“Responsabilizamos a Ricardo Martinelli, ao Ministro de Segurança Pública, José Raúl Mulino, ao diretor da Polícia, Gustavo Pérez e a Ministra de Trabalho, sobre qualquer situação contra a vida do companheiro Jaime Caballero, a quem Martinelli e outros funcionários pretendem assassiná-lo nas masmorras do regime junto a outros companheiros seus”, afirmou a Frenadeso, em comunicado.

Segundo a Frenadeso, a mobilização contra a Lei 30 e as conseqüências de tanta repressão repercutiram internacionalmente e várias organizações vêm manifestando apoio às organizações e entidades que pedem a derrogação da lei.

As declarações de apoio chegam da Argentina, Espanha, Guatemala, País Vasco, México, El Salvador, Costa Rica, Honduras, Venezuela, Chile, Argentina, Equador, entre outros países.

A Lei 30

A Lei 30, que também é denominada de “Lei do Chouriço”, “9 em 1”, além de outros apelidos, propõe uma reforma em vários setores, modificando Códigos e legislações importantes para o país, como o do Trabalho e o Penal e a legislação ambiental e migratória, mas que tem como base uma reforma na Lei da Aviação Comercial.

Tamanhas alterações, segundo informam os movimentos sindicais, visivelmente mais expostos nos confrontos, além de terem sido colocadas num mesmo pacote, deveriam passar por um grande debate e consulta junto à população panamenha.

Com informações da Agência Adital

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