Em atitude considerada arbitrária pela categoria, o Serviço Social da Indústria – SESI/BA despediu do seu quadro de funcionários, no dia 07 de julho, o presidente do Conselho Regional de Educação Física da Bahia e Sergipe – CREFI 13/BA-SE, e diretor do Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado da Bahia – Sinpef/BA, Paulo César Vieira Lima.
Com mais de 35 anos de serviços prestados à entidade, dos quais 33 atuando enquanto gestor, Lima atribui a demissão à represália em função de Ação Civil Pública movida pelo CREFI 13/BA-SE e o Ministério Público do Trabalho – MPT, determinando que os estagiários de Educação Física só podem atuar mediante a supervisão de profissionais graduados e devidamente registrados no Conselho que rege a categoria. “A entidade não queria cumprir a Lei, colocando estagiários para atuar no lugar de profissionais, e o MPT agiu veementemente contra”, declarou Paulo César.
Antes da demissão, o Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional do Estado da Bahia – Senalba/BA, do qual Paulo Cear Lima também é diretor, já havia entrado com dois processos – um no MPT e outro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia – solicitando a liberação do gestor junto ao SESI para atuar como dirigente do esporte do Sindicato. Também registrou queixa alertando sobre possíveis ameaças de demissão. “A medida foi, justamente, para que se evitasse esse tipo de perseguição política, haja vista que ainda há duas vagas para serem liberadas para o Senalba. A gente estava conversando sobre essa questão, mas eles (SESI) atropelaram”, explica Lima.
De fato, a negociação ainda está em andamento, tanto na Superintendência do Trabalho quanto no próprio MPT, inclusive com audiências marcadas. A ameaça de demissão surgiu logo após o decreto de sentença contrário ao SESI/BA e, assim que Paulo César retornou de licença médica, foi concretizada.
Em nota publicada no jornal A Tarde, o CREFI 13/BA-SE e o Sinpef/BA repudiaram a postura do SESI.
Fonte: Camila Jasmin