Governo trabalha na reconstrução das telecomunicações no Haiti

Grupo de técnicos brasileiros viajará ao país para elaborar plano de ajuda após devastação causada por terremoto

Dentro dos próximos dois meses, uma missão técnica do governo brasileiro irá ao Haiti para começar a elaborar o plano de reconstrução do setor de telecomunicação do país, que foi devastado por um terremoto no início deste ano. A decisão ficou acertada nos dias 29 e 30 de junho durante mesa redonda promovida pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) e a Comunidade do Caribe (Caricom), em Bridgetown, Barbados, que reuniu representantes dos países que atuam nos esforços de reconstrução do Haiti.

O gerente de projetos do departamento de Serviços de Universalização de Telecomunicações, Daniel Brandão Cavalcanti, que representou o Minicom nessa primeira etapa de discussões, disse que a mesa redonda foi uma oportunidade para o governo haitiano fazer um diagnóstico da situação atual do país e expor as principais demandas.

Durante a mesa redonda “Reconstrução do Setor de Telecomunicações no Haiti”, o governo haitiano apontou quais são suas necessidades mais imediatas em todos os setores e apresentou um plano de reconstrução nacional. “Eles querem aproveitar a destruição sofrida pelo país e redefinir toda a infraestrutura do setor de telecomunicações”, explica Cavalcanti.

A missão de técnicos brasileiros que irá ao país nos próximos dois meses deverá definir o cronograma de atividades a serem implementadas e os interesses a serem atendidos. Posteriormente, deverá ser organizada uma vinda de técnicos haitianos ao Brasil para processo de qualificação. A delegação brasileira é formada por representantes do Ministério das Comunicações, das Relações Exteriores e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), sob coordenação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

Um memorando de entendimento, assinado entre a Anatel e a Conatel, antes do terremoto já previa a cooperação e assistência técnica do Brasil  ao Haiti na área de telecomunicações. A colaboração brasileira incluirá a experiência com políticas de universalização de telecomunicações, leilões de radiofrequência e ações de expansão do acesso a novas tecnologias.

Devastação

Daniel Cavalcanti informa que, no setor de telecomunicações, a telefonia fixa foi a mais afetada pelo terremoto que devastou o Haiti, o que dificulta principalmente o funcionamento dos órgãos governamentais e das empresas. Antes da tragédia, a telefonia fixa no país começava a passar por um processo de privatização, que deverá ter continuidade.

Atualmente, segundo o representante do Minicom, as três empresas privadas de telefonia móvel que atuam no Haiti já conseguiram, em regime de emergência, colocar em funcionamento boa parte do setor. “O país, embora pequeno, é densamente povoado, com 9 milhões de habitantes. E tem 3 milhões de usuários de telefonia celular”, revela.

A participação brasileira na mesa redonda em Barbados, de acordo com Daniel Cavalcanti, foi muito bem recebida pelos organizadores, principalmente porque o foco de atuação do país é de ajuda institucional, sem interesse comercial. O processo de reconstrução do Haiti conta com a participação de outros países, como Estados Unidos, França, Brasil e Trinidad Tobago, além de organizações como o Banco Mundial e as Nações Unidas.

Fonte: Ministério das Comunicações

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.