Metalúrgicos de S. Luis em greve fecham BR-135

 

Uma manifestação de funcionários da empresa Alumar fechou uma das vias da BR-135 desde às 7h da manhã desta quinta-feira, 17.

De acordo com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São Luis (Sindmetal), a manifestação é o primeiro ato da greve da categoria deflagrada nesta quinta-feira (17), por tempo indeterminado.

O diretor do Sindmetal, Jerson Silva informou que o protesto tem como principais reivindicações o pagamento do abono salarial de R$ 300 pela Alumar, além de participação nos lucros da empresa de até três salários mínimos e redução da jornada de trabalho.

A manifestação conta com o apoio dos Sindicatos dos Rodoviários e dos Vigilantes.

Entenda mais da luta dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Luís

Mais de cem dias se passaram da data-base da categoria (1º de março) e o Sindicato Patronal em conluio com a Alumar insiste em manter a fraude das contratadas.

O Sindmetal, que representa os trabalhadores metalúrgicos de São Luís, tem buscando incessantemente fechar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) , mas os patrões, intransigentes, optam por renegar os direitos legais da categoria.

Todo o impasse gira em torno da terceirização da Alumar – considerada fraudulenta pelos sindicalistas-, que contrata as empresas metalúrgicas com trabalhadores metalúrgicos, mas os “transforma” em operários da Construção Civil, burlando a legislação com o único intuito de baratear o custo da produção e sonegar impostos.

De acordo coom os representantes dos trabalhadores do setor, “essa fraude já vem se arrastando ao longo de vários anos, por isso, os trabalhadores não abrem mão de serem reconhecidos pelo que verdadeiramente são: METALÚRGICOS, sendo representados pelo Sindmetal, com carteira assinada e salário de metalúrgico! “.

O Sindmetal já denunciou a ilegalidade ao Ministério Público do Trabalho que abriu investigação para apurar o caso. Devido esse atraso no fechamento da CCT 2010, vários empresários buscaram o sindicato para fechar acordos em separadO que tem repassado em média 8% de reajuste aos trabalhadores. Por outro lado, a truculência das Gerências da Alumar, CEM, São Marcos, Elétrica Visão, de empresas terceirizadas, além de outras, prejudica e muito os trabalhadores destas empresas.

A gerência da Alumar pediu prazo para corrigir os contratos com as terceirizadas, mas demonstrou não ter vontade de se ajustar à legalidade. Além disso, os trabalhadores da multinacional também sofrem com a tentativa de fraude da Participação nos Lucros por parte da gerência que quer mais produção e lucros com menor divisão dos ganhos entre os trabalhadores. É por isso que hoje os trabalhadores estão parados para reivindicar respeito, dignidade e cumprimento das leis trabalhistas do país.

Confira algumas das reivindicações dos trabalhadores:

Participação nos lucros

Melhores salários

Segurança no local de trabalho

Redução da jornada de trabalho (contra o turno fixo)

Práticas de combate ao assédio moral

Fonte: SindMetal de MA

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