O dirigente da CCSC, citado pela Agência Boliviana de Informação (ABI), disse que a possibilidade de discussão sobre um tratado de livre comércio (TLC) foi aberta por José Luis Rodríguez Zapatero, que preside a União Europeia, e Cristina Kirchner, que atualmente exerce a presidência rotativa do Mercosul. O tratado seria similar ao que foi impulsionado pela União Europeia com a Colômbia, o Peru e a América Central.
Adolfo Aguirre disse que o debate sobre o assunto é bastante complexo porque o Sul da América Latina é uma região mais industrializada e as discussões precisam ser mais justas.
“A União Europeia”, disse Aguirre, “já existe há dezenas de anos, possui um Parlamento funcionando, um formato financeiro e uma estrutura de chefes de Estado que define as linhas comerciais. Aqui temos um Parlamento que não tem influência sobre a legislação dos países membros do Mercosul, os chefes de Estado aprovam políticas para seis meses e não existe uma estrutura financeira regional”.
As centrais sindicais que estarão reunidas em Buenos Aires também farão um balanço do encontro que ocorreu no ano passado em Montevidéu, a capital uruguaia. Outro assunto que ocupará a atenção dos líderes sindicais do Mercosul são as prioridades para a categoria em um ano marcado por uma série de situações-chaves, como é o caso da eleição do sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.