Os líderes do Congresso de Honduras decidiram nesta terça-feira pedir a opinião da Suprema Corte sobre a possibilidade de restituir o presidente deposto Manuel Zelaya, adiando a convocação de uma sessão chave para debater o futuro do líder.
A decisão, informada à Reuters por dois parlamentares, desafia o acordo fechado na semana passada entre os negociadores de Zelaya e do governo de facto, sob a mediação de Washington, cujo ponto central é que o Congresso decida sobre a volta ao poder do mandatário deposto.
Zelaya disse que se até quinta-feira não for restituído no poder, a comunidade internacional não reconheceria as eleições gerais convocadas para 29 de novembro. O pleito poderia acabar com a pior crise política na América Central em décadas.
O acordo também prevê a formação nesta semana de um governo de unidade nacional, mas o prazo depende da decisão dos líderes parlamentares.
A Suprema Corte, cuja opinião não está vinculada à do Congresso segundo o acordo, declarou anteriormente que o golpe de Estado que destituiu Zelaya no fim de junho foi legal devido ao fato de o mandatário ter violado a Constituição ao querer forçar a reeleição presidencial.
Fonte: Agência Adital com Gustavo Palencia, REUTERS