Vida longa à CTB

Com esta frase, o presidente reeleito Wagner Gomes traduziu o sentimento de centenas de delegadas e delegados presentes no 2º Congresso da CTB realizado no período de 24 a 26 de Setembro de 2009 nas dependências do Anhembi, em São Paulo.

A CTB, com apenas um ano e dez meses de existência, demonstrou que é possível a prática de um  sindicalismo classista, sem arrogância, sem manobras anti-sindicais e, principalmente, mostrou como se constrói a unidade da classe trabalhadora. Para a CTB esta unidade é construída na ação e é o instrumento que organiza os trabalhadores e trabalhadoras, levando o país ao desenvolvimento, contra o capitalismo especulativo e massacrante que as grandes economias impõem às nações em desenvolvimento.

É com esta compreensão, com perspicácia e muita ousadia, que a CTB, cria  três novas Secretarias: a Secretaria de Serviços Públicos e do Trabalho Publico, Secretário de Previdência e Aposentados e Secretaria de Política Agrícola e Agrária, sem  perder a centralidade de seus objetivos e sem burocratizar.

Com esta ação, a CTB reconhece a importância do momento e a necessidade de tomada de posições importantes e desafiadoras para os próximos períodos, tendo a consciência de ser protagonista na organização dos trabalhadores e trabalhadoras.  Para alguns, a criação de novas secretarias pode parecer uma ação corporativa destes seguimentos, o que é um equívoco político. Vale lembrar que, historicamente, o sindicalismo é corporativo na sua origem.

No entanto, o movimento sindical, seja ele do setor privado ou público, o camponês e o operário, jamais se furtou da luta conjunta, pelo contrário, sempre, em momentos importantes da história, o movimento sindical, junto com os demais movimentos sociais, desempenhou e desempenha papel preponderante nas lutas pela liberdades civil, política e social no país. A criação destas secretarias se deu, exatamente, pelo fato da CTB acreditar e, portanto, investir no poder de organização em nosso país. No caso específico, a Secretaria de Serviços Públicos e do Trabalho Público sofreu uma ampliação importante. A manutenção deste espaço foi uma importante conquista dos delegados militantes da CTB que atuam no serviço público, que contou com o apoio incondicional do Presidente Wagner Gomes. Com esta ampliação a CTB propõe, para além das questões das relações de trabalho entre Estado e trabalhador público, o aprofundamento do debate sobre o Estado, o serviço público e o papel de seus trabalhadores públicos, tendo por princípio a busca de um novo modelo de relações entre estado/população, Estado/serviço público e Estado/trabalhadores públicos, na perspectiva de uma Sociedade justa e igualitária.

A criação desta secretaria aumenta a responsabilidade e o compromisso dos militantes da CTB. Ao assumimos esta grande tarefa de organizar os trabalhadores dos serviços públicos temos um desafio maior que é construir política para uma categoria que compõem uma força de trabalho de cerca de 11 milhões de trabalhadores públicos dos três poderes e das três esferas de governo, distribuídos nos 5.565 municípios, espalhados pelos 8.511.965 km de extensão de nosso país. Só na esfera federal foram contratados ate março de 2009, de acordo com dados disponibilizados no sitio do Ministério da Fazenda 327.312 novos trabalhadores, hoje o funcionalismo federal tem segundo esta fonte, 2.291.189 trabalhadores novos trabalhadores, se desconsiderarmos o executivo militar, mesmo assim teríamos mais de 150.000 novos postos só no governo Lula e isto os chamados bons sindicalista tem que considerar.

Acreditando que o investimento nesta categoria é o diferencial para alavancar o desenvolvimento do Estado, pois, só teremos desenvolvimento com um trabalhador público engajado e fortalecido, sem terceirização e precarização.

Temos a certeza que o nosso trabalho será árduo, mas temos também a convicção que estamos no caminho certo.

Vida longa e com muitas vitórias para a jovem, porém experiente, Central que os trabalhadores construíram recentemente e que desponta como uma das maiores ousadias da história do sindicalismo brasileiro.

Enfim, temos anos de duro trabalho na CTB em parceria com os sindicatos da base atuando com justeza política, que é a marca desta mais nova central, conseguiremos unir a classe trabalhadora do campo e da cidade, do setor privado e do setor público, homens e mulheres de todas as raças e de todos os cleros.


Fátima dos Reis e João Paulo Ribeiro – secretaria de Serviços Públicos e do Trabalhador Publico

.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.