Em seu último dia de congresso, os dirigentes da CTB Nivaldo Santana, vice presidente, Vicente Selistre, vice presidente e João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacionais, fizeram um balanço marcantemente positivo da Central, saudando o seu notável crescimento em apenas 20 meses de existência.
Fundada em novembro de 2007, a CTB foi a central que mais cresceu no Brasil. Hoje, a Central ocupa o quarto lugar no ranking das centrais que mais têm sindicatos filiados. A CTB conta com 600 entidades filiadas. Entre elas, seis federações rurais, incluindo as mais representativas (de Minas, Bahia e Rio Grande do Sul). Em conjunto, as entidades somam sete milhões de trabalhadores e trabalhadoras em suas bases. “A CTB é a central que representa o maior número de trabalhadores no ramo marítimo e na agricultura”, segundo o secretário adjunto de relações internacionais.
Enraizamento nos estados
Para Batista Lemos, o resultado desses meses de luta é consequência do trabalho nos estados, que elevou a representatividade da entidade. “Fazemos um balanço vitorioso da atuação da Central nesse 2º Congresso. Caminhamos para a consolidação da nossa central com um número impressionante de sindicatos filiados de setores estratégicos desse país: marítimos, metalúrgicos, campo, comerciários, entre outros. Mas ainda precisamos fazer mais. Temos CTB’s em 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal.
“Mas ainda temos que fazer mais. Precisamos enraizar e consolidar a CTB nos estados. Fazê-la crescer ainda mais. Para isso, devemos continuar trabalhando junto aos municípios, estados, nacional e internacionalmente”, afirmou João batista Lemos, que foi um dos coordenadores do II Encontro Sindical Nossa América, realizado nos dias 22 a 24 de setembro com a participação de mais de 150 delegados e delegadas de 21 países da América Latina, Central e do Norte.
Protagonismo dos trabalhadores
Os dirigentes destacaram que a CTB luta por um projeto de desenvolvimento nacional que atenda às necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. “Precisamos de políticas públicas justas e corretas voltadas para a defesa dos direitos e interesses da classe trabalhadora. Nossa luta é orientada pelo fim da exploração do capital sobre o homem. Vamos lutar pela conquista de um projeto de desenvolvimento com a cara e o jeito do povo brasileiro. Enquanto algumas centrais lutam pela manutenção da hegemonia, nós lutamos pelo protagonismo da classe trabalhadora. Entendemos que uma central é a coalizão de sindicatos, que a transformam em uma entidade forte e com capacidade de interferência no rumo político do país".
“Trabalhadores do campo e das cidades, de setores públicos e privados, homens e mulheres, negros e brancos, jovens e idosos, deliberaram pela construção de uma central democrática, plural e classista. E hoje a CTB goza da prerrogativa de participar em diferentes fóruns de decisões nos quais os trabalhadores são chamados a se pronunciar”, afirmou Nivaldo Santana, lembrando o caráter classista da central e reforçando as palavras de Batista Lemos sobre a necessidade de consolidação da central. “Não podemos nos acomodar. Vamos continuar trabalhando para a consolidação dessa Central que não tem a prática da opressão e do hegemonismo. E para isso precisamos continuar sendo uma central que defende e pratica a democracia principalmente internamente”, finalizou.
A luta de homens e mulheres
Unir a luta do campo e da cidade, de homens e mulheres na promoção de uma sociedade igualitária devem sempre permear as lutas de uma entidade sindical, na opinião de Vicente Selistre, vice-presidente. “Precisamos trabalhar lado a lado, homens e mulheres, unir diferentes categorias, campo e cidade para fazer crescer o nosso país. E as mulheres são muito importantes nessa luta por uma sociedade mais justa e igualitária”, reforçou Selistre.
“Vamos continuar com nossa luta pelo fim do fator previdenciário, contra o acordão da Previdência. Vamos continuar com nossa luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários. O movimento sindical está ameaçado. A CTB defende a unicidade, defende a contribuição sindical, o respeito os dirigentes e a estabilidade sindical. Querem pulverizar os sindicatos com a pluraridade sindical. Não podemos aceitar isso, não queremos o enfraquecimento da luta da classe trabalhadora. A CTB nos estimula, nos apaixona e nos dá força para continuar na construção e consolidação de uma grande central do continente. Viva o povo brasileiro! Viva a CTB!”
Portal CTB – fotos João Zinclar