Ao abrir o Congresso da CTB na noite desta quinta-feira, 24, o presidente Wagner Gomes destacou as bandeiras de origem da Central, fundada há 2 anos, de luta pela unidade da classe trabalhadores e coalizão das centrais sindicais em torno dos interesses classistas dos trabalhadores.
Gomes enfatizou que o Congresso dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, tem a tarefa de recomendar importantes desafios para o próximo período: "Precisamos consolidar a unidade das Centrais para que juntas possamos construir um novo Conferência Nacional da Classe Trabalhadora", além disso, o presidente chamou a atenção para que o movimento sindical ocupe papel de relevância no debate sobre as eleições de 2010.
"Os trabalhadores precisam influenciar no processo eleitoral do próximo ano. O que está em jogo é a continuidade ou não do projeto político no Brasil. Nós já experimentamos os dois lados – o projeto neoliberal destruidor do Estado brasileiro e esse projeto do presidente Lula, que ajudamos a conquistar e que leva em conta o fortalecimento e o desenvolvimento do país", assegurou.
Com esse chamamento, Wagner Gomes defendeu que "todo o sindicalista consciente tem o dever de lutar pela conservação desse projeto", assim como sugeriu que os trabalhadores construam uma plataforma unitária com as bandeiras de interesse dos trabalhadores, levando-as para o compromisso dos candidatos nas diversas esferas do pleito de 2010.
Convidados evidenciam proposta da CTB de unidade em 2010
Os diversos convidados, cada um a sua maneira, se revezaram ao microfone do Ato de Abertura para perpetrar saudações aos congressistas e realçar a proposta de unidade em 2010.
O Senador Aloísio Mercadante (PT) fez referência à história de lutas da militância, cujo resultado foi a criação da CTB. Segundo ele a Central nasce de eventos como a luta contra a ditadura militar, pelas Diretas Já, nos diversos embates eleitorais que culminaram com as duas eleições do Presidente Lula, combates nos quais a militância da CTB foi relevante.
"O Brasil está num novo caminho de desenvolvimento, cujo resultado foi retirar, por exemplo, 32 milhões de brasileiros da fome. É um governo que está distribuindo renda, riqueza e poder. E Lula só fez o que fez porque era um sindicalista como vocês. O que está em jogo é se voltamos para trás ou se damos um salto na continuidade desse projeto", asseverou o Senador Mercadante.
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, iniciou sua fala destacando que apesar do pouco tempo (apenas 2 anos) a CTB é pujante e com um amplo espaço de florescimento, pois é germinada na luta classista.
Rabelo também reverenciou a proposta, apresentada por Wagner Gomes, de edificação de uma nova Conclat com o objetivo de construir uma plataforma dos trabalhadores. Para o presidente comunista o conselho responde a uma questão que considera essencial à luta que é a unidade dos trabalhadores que é a força motriz das transformações mais profundas e necessárias da sociedade e pela construção do socialismo.
"O país vive um momento particularmente positivo com o círculo político aberto por Lula e esse círculo não pode ser truncado, por isso em 2010 os sindicalistas não podem ficar indiferentes. É preciso avançar, impulsionar cada vez mais a inversão da lógica rentista pela lógica da produção e da valorização do trabalho", disse Renato Rabelo.
Sindicalistas ratificam o papel unificador da CTB
Os presidentes e representantes das Centrais Sindicais, em uníssono apontaram o papel integrador e unificador que a CTB vem jogando no cenário sindical, tanto no período em que ela estava sendo gerada, quanto nos seus dois anos de existência.
Pela Força Sindical, o representante Juruna apregoou que a CTB é conhecida das trincheiras de luta em defesa dos interesses da classe que ela representa.
Canidé Pegado, da UGT (União Geral dos Trabalhadores) fez calorosa saudação aos delegados e delegadas ao Congresso e manifestou seu apoio as propostas de construção conjunta de bandeiras de interesse dos trabalhadores do Brasil.
Para Antônio Neto, da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), desde 2003 que há uma congruência em torno da ideia de ajudar a democratização num país governado por um metalúrgico presidente e essas mesmas ideias são fatores de unidade com a CTB.
Já José Calixto Gomes, da Nova Central desejou um bom debate aos congressistas, lembrando que o Congresso é um momento de alavancagem do sindicalismo da CTB, mas também de todo o Brasil.
Pela CUT, Quintino Severo falou que o Brasil vive um momento definidor da sua soberania e que a unidade é fundamental para avançar nas conquistas iniciadas no governo do presidente Lula.
O representante do Fórum Sindical dos Trabalhadores, José Augusto afirmou que "se sente em casa no Congresso da CTB", pois as lutas e princípios que regem a Central são as mesmas do FST.
Alberto Broch, presidente da CONTAG destacou a compreensão acerca da importância da unidade das lutas dos trabalhadores do campo e da cidade que a CTB, desde seu nascedouro teve.
Representando as 29 delegações internacionais, a Coordenadoria das Centrais Sindicais do Cone Sul e a Federação Sindical Mundial também fizeram seus cumprimentos aos cerca de 1.500 delegados e delegadas do Congresso da CTB.
(Sônia Corrêa para o Portal CTB – Fotos: João Zinclar)