Contag defende um novo projeto nacional de desenvolviemto no 2º Congresso da CTB

O 2º Congresso da CTB contou com a participação expressiva dos trabalhadores e trabalhadoras rurais assalariados, que compareceram em massa para defender as políticas necessárias para melhorar a qualidade de vida e para garantir a produção agrícola que alimenta o povo brasileiro. 

A Contag está sendo representada no 2º Congresso da CTB pelo presidente Alberto Broch, pelo secretário geral David Wylkerson, pelo secretário da Terceira Idade Natalino Cassaro e pela secretária de Meio Ambiente Rosicleia dos Santos.

O presidente da Contag, Alberto Broch, destacou a importância da participação da entidade no encontro: "Nós participamos desse grande congresso, fortalecendo a CTB no campo e fazendo com que também a CTB possa fortalecer o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurai. Para que a voz dos trabalhadores possa ser disseminada não só no meio rural, mas no conjunto dos trabalhadores urbanos e, ao mesmo tempo, que ela possa nos ajudar no Congresso Nacional e junto ao governo para que as nossas propostas possam ser consolidadas".

Nesta sexta-feira, Alberto Broch usou a tribuna do 2º Congresso da CTB para defender um novo projeto de desenvolvimento alternativo para o campo, que elimina a concentração de terras nas mãos do latifúndio improdutivo e amplia a produção da agricultura familiar com a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras rurais assalariados.“Queremos contribuir nesse debate com a experiência que a Contag acumulou nos últimos anos, para que as nossas propostas sejam assumidas pelo conjunto da classe trabalhadora”, afirmou o presidente da Contag.

Broch disse que a Contag considera ser impossível lutar isoladamente por um novo projeto de desenvolvimento agrário para o país. “Precisamos nos unir com os trabalhadores da cidade para ampliar a defesa de um projeto rural alternativo, sustentável, que valorize o trabalho e esteja em sintonia com a soberania alimentar”.

Ele lembrou que a revolução verde e o neoliberalismo criaram um modelo excludente de produção agrícola, que expulsou, a partir da década de 70 e início da década de 90, mais de 50% dos trabalhadores rurais para a cidade. É com base nesta realidade que a Contag quer debater qual o modelo de produção agrícola que queremos para o campo brasileiro.

“Um projeto alternativo para o campo deve basear-se na luta pela reforma agrária, que quebra a espinha dorsal do latifúndio brasileiro. Acreditamos que a reforma agrária deve fortalecer a agricultura familiar. Outro ponto fundamental é sobre a forma de fazer a produção da agricultura familiar seja mais valorizada. Nós entendemos que fortalecendo esse novo projeto de desenvolvimento, estaremos beneficiando mais de 80% dos municípios brasileiros, criando o desenvolvimento onde as pessoas vivem. O que é diferente do modelo atual, baseado no agronegócio, em que o dono da terra mora na cidade e raramente vai ao campo. Queremos debater uma proposta que gere o desenvolvimento harmônico entre o campo e a cidade”, conclui Albero Broch.


(Portal CTB – Fotos João Zinclar)

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