lideranças de diversos movimentos sociais, como MST, CONTAG, UNE, UBM, além de parlamentares, ministros e presidentes de partidos políticos.
Consolidar as mudanças
Na abertura do evento o presidente da CTB, Wagner Gomes, defendeu a unidade das centrais sindicais para fortalecer a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e destacou o papel relevante que a classe trabalhadora terá nas eleições de 2010. “Devemos participar ativamente da campanha e da luta eleitoral, visando eleger parlamentares, governos e um presidente progressistas, identificados com os interesses do povo brasileiro”.
Wagner Gomes reafirmou a proposta da CTB de realizar uma nova Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), para unificar os trabalhadores no rumo de um novo projeto de desenvolvimento nacional, com soberania e valorização do trabalho. “Na medida em que conquistar um maior protagonismo político e elevar a participação da classe trabalhadora nas lutas nacionais, o movimento sindical pode contribuir para a construção de uma nova maioria política no país, progressista, identificada com o projeto de desenvolvimento com valorização do trabalho e comprometida com os avanços sociais que almejamos”, concluiu o presidente da CTB.
Mulheres na luta
Maria Andrade, vice-presidente da CTB, ressaltou o trabalho desenvolvido pela secretaria das mulheres. “A militância das mulheres tem avançado muito em todo o pais, e estamos, cada vez mais, buscando ganhar espaço na sociedade e garantir os espaços conquistados nos parlamentos e nas centrais sindicais, pois nós mulheres vamos continuar lutando juntos como os homens em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e na construção de uma sociedade socialista, afirmou.
Origem classista
O senador Aloizio Mercadante (PT) disse que o movimento sindical cumpre papel fundamental parra os avanços nas políticas de interesse dos trabalhadores. “CTB nasceu muito antes: nas greves, no combate à ditadura, nas Diretas Já, nas campanhas para presidente, e na eleição do presidente Lula que não cedeu ao neoliberalismo, conferindo ao Brasil um grande prestígio internacional.
Mercadante defendeu a unidade da classe trabalhadora para garantir a continuidade das mudanças sociais necessárias para o desenvolvimento da nação, desenvolvendo uma destacada atuação nas eleições de 2010 para eleger a ministra Dilma Rousseff na presidência do país. “Ou voltamos ao passado ou vamos dar continuidade a este projeto”, concluiu o ministro.
Edson Santos, ministro da Igualdade Racial, falou sobre a obsessão democrática do governo Lula de ouvir os movimentos sociais para incorporar suas reivindicações nas decisões sobre o rumo que o Brasil deve seguir. “Estes segmentos importantes da sociedade foram, durante muito tempo, excluídos das discussões sobre as políticas que o país necessita implantar. Nesse sentido, é preciso destacar que o reconhecimento das centrais sindicais teve como conseqüência a valorização do salário mínimo. Por isso o debate sobre o desenvolvimento do Brasil deve ser amplo e profundo, mas não devemos perder a perspectiva de contar com a intervenção das centrais sindicais para que o governo possa ampliar as políticas que vão melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro.
Manter o curso ao ciclo político
Renato Rabelo, presidente do PCdoB, ressaltou a importância da unidade da classe trabalhadora para garantir o avanço nas mudanças necessárias para melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro. “Esta unidade que é a força motriz social do país, que pode nos levar a garantir as grandes mudanças, as mudanças mais profundas”, disse.
Renato Rabelo lembrou que “o DEM quer acabar com a legalidade das centrais sindicais” e também defendeu a realização de uma nova Conclat. “A proposta da Conclat corresponde a objetivo central da CTB, que é consolidar a unidade dos trabalhadores, porque essa é a força do trilho social e pode levar à garantia das mudanças mais profundas, fundamental para as transformações da sociedade.
Rabelo reafirmou a defesa de um Brasil socialista e disse que ”o nosso país vive um momento particular, um momento que devemos compreender que é muito positivo para darmos passos maiores, o ciclo político que se iniciou com o presidente Lula abre novas perspectivas para o povo brasileiro. Para 2010, como disse o presidente da CTB, a central não vai ficar indiferente, pois esse ciclo aberto com a eleição do presidente Lula não pode ser barrado, não pode ser truncado, pois queremos um desenvolvimento mais acelerado para resolver os problemas fundamentais do povo brasileiro. Vamos construir uma grande nação, soberana, independente e próspera”, finalizou Renato Rabelo
Democratizar os meios de comunicação
O representante da direção nacional do PSB, Sérgio Novaes, falou sobre a importância da integração dos trabalhadores na América Latina, destacando o papel relevante da solidariedade do povo brasileiro com os trabalhadores hondurenhos na luta contra o golpe militar, em defesa da democracia.
Novaes também criticou o domínio dos meios de comunicação nas mãos de poucos representantes da elite brasileira, defendendo o avanço no controle das concessões públicas. ”Devemos lutar para mudar esse sistema de concessão para garantir a democratização na comunicação. Mas também devemos buscar caminhos para que as transformações sociais sejam mais rápidas, pois o povo exige, a América Latina exige, e os trabalhadores brasileiros também exigem mudanças sociais mais rápidas”, concluiu o representante do PSB.
CGTB
O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, ressaltou as conquistas obtidas com a unidade das centrais sindicais “No Brasil, a partir de 2003, as centrais sindicais passaram por cima das diferenças para eleger o presidente Lula. Esta estratégia garantiu o reconhecimento das centrais, nos deu milhões de empregos, melhor qualidade de vida, derrotamos as teses neoliberais, e, hoje, aqui tem banco de fomento, estatais, tem mercado interno, tem desenvolvimento, crescimento. Esta é a importância da unidade dos trabalhadores e os delegados do 2º Congresso da CTB têm a responsabilidade de construir políticas para ampliar a unidade da classe trabalhadora no Brasil.
NCST
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, disse que o 2º Congresso Nacional da CTB representa os interesses de todas as centrais sindicais, de todos os trabalhadores e da própria nação. “Este é o momento que os delegados do 2º Congresso devem refletir sobre as ações da CTB nos seus dois primeiros anos de vida, e projetar as lutas da central daqui para frente. A soma das idéias que serão sistematizadas servirão para alavancar a estrutura sindical que desejamos. Nós queremos um sindicalismo forte para colaborar com o governo que pretendemos que continue”, conclui Calixto.
CUT
Quintino Severo, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudiou o golpe militar em Honduras, afirmando que a classe trabalhadora da América Latina tem o compromisso de defender a democracia, ressaltou a importância da soberania nacional com o estabelecimento de um novo marco regulatório para exploração do petróleo no país, e a unidade das centrais. “Devemos desenvolver a unidade de ação na luta para avançar as lutas dos trabalhadores, com destaque para a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pois essa é a maior pauta que temos pela frente para conquistarmos uma grande vitória que será a grande conquista da classe trabalhadora nesse ano”, disse o representante da CUT.
UGT
Canidé Pegado, Secretário-Geral da União Geral dos Trabalhadores manifestou seu apoio na defesa da construção conjunta das lutas de interesse dos trabalhadores, e disse que a CTB sempre teve o apoio da sua central, mesmo antes de ser reconhecida oficialmente. “A UGT sempre apoiou a participação da CTB nas negociações com os representantes do governo e em todas as instâncias de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, pois a unidade de ação faz uma grande diferença e hoje, neste país não se faz nada sem que as centrais que estão aqui representadas sejam consultadas, disse o sindicalista.
Força Sindical
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, “Juruna”, ressaltou que a unidade das centrais sindicais na defesa dos interesses dos trabalhadores demonstra o elevado grau de consciência de classe, pois superaram suas diferenças para focar naquilo que unifica a luta de classe. Juruna também reconheceu a atuação da CTB em defesa dos direitos dos trabalhadores, ao afirmar que “a CTB é conhecida das trincheiras de luta em defesa dos interesses da classe que ela representa”.
FST
José Augusto da Silva Filho Coordenador Nacional do Fórum Nacional dos Trabalhadores (FST) ressaltou a importância de intensificar a luta em defesa da unicidade sindical e da reforma agrária, convocando todos os delegados do 2º Congresso da CTB para serem agentes das transformações que o sindicalismo brasileiro necessita.
CONTAG
Alberto Broch, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, desejou que o 2º Congresso Nacional da CTB tenha o maior êxito possível para fortalecer o movimento sindical e tirar as diretrizes para o próximo período. “Vemos com muita alegria a proposta da realização de uma nova Conclat para consolidar a unidade da classe trabalhadora brasileira. Os delegados da Contag estão presentes nesse Congresso para fortalecer a luta pelo desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda e valorização do trabalho. Por isso, quero pedir que o Congresso aprove uma moção de apoio ao governo para que lance a atualização dos índices de produtividade, para que possamos fazer o enfrentamento com o latifúndio que não quer a reforma agrária”, concluiu o presidente da Contag.
UNE
Augusto Chagas, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) disse que os estudantes brasileiros estarão sempre juntos na luta dos trabalhadores, pois a unidade dos movimentos sociais com classe trabalhadora é a força mais poderosa que tem conduzido as transformações progressistas no Brasil. “E essa unidade dos estudantes, dos movimentos populares, dos trabalhadores do campo e da cidade que elegeu um operário para presidir o Brasil com soberania, é esta unidade que tem impedido que os trabalhadores que paguem pela crise financeira capitalista, é esta unidade que nos mostra saídas para os problemas da humanidade, é esta unidade que fez com que o Brasil seja o último país a entrar na crise o primeiro a sair”, afirmou o líder estudantil.
FSM
Valentim Pacho, representante da Federação Sindical Mundial (FSM) repudiou o golpe militar em Honduras e afirmou que o 2º Congresso Nacional da CTB é portador de grande expectativa para os trabalhadores da América Latina e do Brasil. “O movimento sindical tem o grande compromisso de destruir o capitalismo e construir o socialismo. A FSM continuará lutando em defesa do socialismo e pelo fortalecimento da consciência de classe para que os trabalhadores de todo o mundo tenham condições dignas de vida.
CCSCS
Adolfo Aguirre, secretário de relações internacionais da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), e coordenador da coordenadoria das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), defendeu que o sindicalismo tenha propostas e capacidade de negociação para aperfeiçoar a democracia. “Mas o sindicalismo também deve ser combativo, de luta, como defende os sindicalistas brasileiros e do Cone Sul, pois não vamos retroceder nenhum passo naquilo que já conquistamos, e também não vamos nos acomodar, pois queremos aprofundar a democracia para conquistar mais direitos e construir a felicidade do nosso povo. Esse é o compromisso da
Coordenadoria das Centrais do Cone Sul”, concluiu Aguirre.
O 2º Congresso Nacional da CTB terá continuidade na manhã desta sexta-feira (25) com o debate das teses que defendem a “Unidade pra enfrentar a crise”.
(Portal CTB – Fotos: João Zinclar)