As mulheres estão representadas no 2º Congresso da CTB com um grande número de trabalhadoras que se deslocaram de todos os estados brasileiros. Abgail Pereira, coordenadora da secretaria da mulher, saudou a representatividade das mulheres e fez uma breve apresentação da situação feminina no mercado de trabalho.
“Nós mulheres trabalhadoras e sindicalistas, estamos neste 2º Congresso da CTB com uma grande bancada para debater os temas de interesse da classe trabalhadora, e em nome da secretaria das mulheres da CTB quero saudar todas as mulheres que enfrentam o preconceito e lutam para superá-lo”, disse Abigail Pereira.
Ela disse que a secretaria da mulher da CTB tem recebido todo o apoio da direção da central para defender a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, pois a inserção das mulheres no mercado de trabalho é uma realidade. “Desde a década de 70 percebe-se uma aumento significativo da presença das mulheres no mercado de trabalho. Essa inserção da mulher no mercado de trabalho é uma tendência consolidada, mas o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho não superou a desigualdade salarial, pois o capital usa da divisão sexual e o conceito de divisão social do trabalho que atribui à mulher a responsabilidade do lar, para incentivar a competição entre os trabalhadores, rebaixando os salários em decorrência do ingresso da força de trabalho feminina”, denunciou a sindicalista.
Segundo os estudos apresentados pela secretária da CTB, o rendimento médio das mulheres no mercado de trabalho aumentou, mas continua inferior ao salário masculino, em profissões idênticas ou similares. Ela também disse que as mulheres trabalhadoras enfrentam maior precarização, rotatividade da mão de obra, a exclusão social, e são submetidas a jornadas excessivas, além de serem penalizadas com a dupla jornada que sobrecarrega as mulheres e impõe riscos à saúde física e psicológica.
“A nossa secretaria defende medidas concretas para enfrentamento da discriminação, com o desenvolvimento de uma campanha nacional focada no direito ao trabalho com igualdade de oportunidade, combatendo a flexibilização e a precarização, e exigindo a igualdade salarial, conforme previsto nas convenções 100 e 111 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“A fundação da CTB foi uma importante conquista para o movimento sindical classista e para o movimento emancipacionista das mulheres. Estamos aqui representando milhões de mulheres. E seja no trabalho, no lar, na escola, no sindicato, na vida cotidiana, e tudo o que queremos resume-se na palavra “igualdade”, conclui Abgail Pereira.
(Portal CTB – Fotos João Zinclar)