Organizações camponesas hondurenhas, membros da Via Campesina Internacional, mantêm ocupadas as instalações do Instituto Nacional Agrário (INA), desde que se deu o golpe de Estado em Honduras; além disso, as/os camponesas estão integrados desde o princípio nas múltiplas ações que realiza a frente de resistência, porque, segundo seus dirigentes, as/os camponeses são os mais afetados com toda essa deterioração que tem sofrido a democracia hondurenha.
Concepción Betanco, secretária geral da Confederação Hondurenha de Mulheres (CHMC) nos explica: "Nós estamos nessa luta porque o governo de Manuel Zelaya aprovou o decreto 18-2008 para sanear a mora agrária no país e outros benefícios para as/os camponeses".
Com esse decreto se titulariam as terras a favor de muitos grupos camponeses que ocupavam o local há dois anos ou mais. O Instituto Nacional Agrário estava começando a entregar os primeiros títulos de propriedade aos campesinos, quando nos aplicaram o golpe de Estado.
Acrescentou que os/as camponeses não estão dispostos a entregar o Instituto – tomado há semanas – às autoridades nomeadas pelo governo de fato até que se restabeleça a ordem constitucional. As organizações campesinas sempre estiveram em diálogo permanente com o presidente Manuel Zelaya e foi produto desse diálogo que se desenvolveu acordos importantes em benefício do campesinato.
O protesto do dia de ontem (19) da Frente de Resistência se posicionou em frente à Embaixada estadunidense. Em seus 53 dias de luta nas ruas, a Frente exige às autoridades estadunidenses uma resposta contundente e imediata para o restabelecimento da ordem constitucional em Honduras. Os representantes da embaixada manifestaram a dirigentes da frente que estão se desenvolvendo reuniões em Washington, Estados Unidos, para por fim essa problemática em Honduras; além disso, lhes informou que a próxima semana estará em Honduras a comissão de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Fonte Agência Adital, por Mabel Marquez