Anistia Internacional denuncia violações de direitos humanos em Honduras

A organização humanitária Anistia Internacional denunciou nesta quarta-feira que o governo interino de Honduras está permitindo a agressão contra civis e as detenções em massa, como forma de "punir" os que se manifestam contra o golpe de Estado, que retirou do poder o presidente Manuel Zelaya. Em um relatório divulgado em Washington, a AI afirmou que, "enquanto as violações de direitos humanos aumentam, a comunidade internacional deve buscar cada vez mais rápido uma solução à crise política".

Como forma de protesto, a ONG publicou em seu site uma série de fotos de pessoas agredidas, afirmando que as imagens são "testemunhas exclusivas que revelam o brutal tratamento dado pela Polícia e pelo Exército a manifestantes pacíficos na capital, Tegucigalpa".

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As detenções arbitrárias em massa e os maus-tratos contra os manifestantes são hoje motivos de grande preocupação em Honduras
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A entidade informa também que as fotos e os depoimentos foram coletados por uma delegação que "se encontrou com muitas das 75 pessoas detidas" na Delegacia Metropolitana número 3 de Tegucigalpa, "depois que a Polícia, com apoio do Exército, reprimiu, em 30 de julho, uma manifestação pacífica".

"A maioria dos presos teve lesões em consequência dos golpes dos policiais, que usavam cassetetes, pedras e outros objetivos", indica o informe que denuncia também que os presos não foram informados "para onde iriam, porque tinham sido presos ou sob quais acusações".

Uma das representantes da AI, Esther Major, afirmou que "as detenções arbitrárias em massa e os maus-tratos contra os manifestantes são hoje motivos de grande preocupação em Honduras".

Nesta semana, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), também enviou uma delegação para avaliar a situação dos direitos humanos no país. As informações são da agência Ansa.

Portal CTB com Agências

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