A Federação Sindical Mundial (FSM), foi criada em congresso que se realizou em Paris, em 3 de outubro em 1945. Já no II Congresso Sindical Mundial da FSM, realizado em 1949, em Milão (Itália), ficou determinada as áreas de atuação da FSM, através das UIS. Com o tempo, estas se converteram em organizações internacionais com personalidade própria para a ação sindical, sob as orientações da FSM, fortalecendo a unidade e solidariedade entre as organizações sindicais integrantes de cada UIS e em conjunto com a FSM. Entre as principais, foram criadas a UIS- Metal, a UIS-Construção, a UIS-Energia, a UIS-Transportes, a UIS-Agricultura-Agroalimentária, FISE e outras.
Considerando a importância que tem os sindicatos de trabalhadores/ras do setor de serviços públicos, a FSM decidiu pela constituição da UIS-Serviços Públicos (TUI-Public Service – em inglês), sendo fundada em 27/29 de outubro de 1949 em Berlim -Alemanha (ex-República Democrática da Alemanha-RDA). Em sua fundação recebeu o nome de UIS de Trabalhadores Correios, Telégrafos, Telefones e Rádios.
A UIS Serviços Públicos se identifica com as diretrizes e orientações da Federação Sindical Mundial – FSM mantém-se filiada a ela, preservando sua autonomia de ação e de articulação nos seus objetivos e finalidades, enquanto organização internacional de trabalhadores e trabalhadoras, busca preservar a sua independência em relação a governos, empregadores e partidos políticos, respeitando as opções e as relações que são estabelecidas pelas suas organizações afiliadas.
No Congresso realizado em Viena-Austria, em 1955, se adotou o nome atual. A UIS, desde a sua fundação, realizou ações de luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do setor dos serviços públicos em face das agressivas políticas imperialistas contra os trabalhadores e os povos, assim como a luta conseqüente pela paz entre os povos do mundo.
Durante o período da ditadura militar no Brasil, com o objetivo de fortalecer as ações de luta dos trabalhadores dos serviços públicos, foram realizados importantes congressos, como os ocorridos em 1968 em Moscou (URSS); em 1972 em Varsóvia-Polônia; 1977 em Praga- Checoslováquia, (hoje República Checa); 1982 em Sofia-Bulgária. A UIS-Serviços Públicos é parte integrante da estrutura da Federação Sindical Mundial (FSM) e atua em conformidade com a orientação política da mesma, o que significa dizer que atua sob os princípios classistas.
A UIS-Serviços públicos, durante sua trajetória, enfrentou etapas de grandes avanços, porém, também etapas difíceis, principalmente, com o desaparecimento do campo “socialista” do Leste Europeu. Com isso, a agressividade das políticas neoliberais, agiu com mais força, golpeando seriamente os sindicatos para anular direitos e conquistas mais importantes dos trabalhadores e trabalhadoras do setor dos serviços públicos e dos outros ramos. A FSM sofreu as conseqüências e, igualmente, a UIS.
Porém, no Congresso realizado em Calcutá-India, a UIS- Serviços Públicos (TUI-Public Service) soube recuperar forças e assumir os desafios daquela etapa difícil, decidiu reafirmar a luta contra a ditadura das políticas neoliberais, pela defesa conseqüente da classe trabalhadora do setor de serviços públicos e pelo fortalecimento da consciência de classe e a solidariedade entre os trabalhadores do mundo.
Durante o período de 29 e 30 de Junho de 2009 na cidade de Brasília – DF, foi realizado o 11º Congresso Internacional da UIS serviço públicos (União Internacional de Sindicatos de Trabalhadores em Serviços Públicos) uma organização soberana, democrática, que busca incluir os trabalhadores do setor público, de todos os países, sem nenhuma discriminação de raça, nacionalidade, política, filosófica e de convicção religiosa. O Congresso teve como temário. A realidade dos serviços e servidores públicos no plano mundial; Estratégia de luta e planos de ação; Novo Estatuto e Declaração Internacional da União Internacional dos Servidores Públicos e Eleição do Comitê Diretivo e do Secretariado da UIS-Serviços Públicos. Este Congresso definiu pela sede da UIS-Serviços Públicos na América do Sul e o país escolhido foi o Brasil e sendo escolhido, como Secretario Geral, que equivale ao presidente no Brasil, o Sr. Sebastião Soares da Confederação de Servidores Públicos do Brasil – CSPB e da União Nacional de Servidores Públicos-UNPS que era a mais antiga entidade filiada a UIS-SP.
A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB é filiada à FSM e fez parte da comissão organizadora deste encontro em Brasília e foi uma honra participar desde momento histórico do funcionalismo público mundial e nacional. A CTB acredita que a afiliação de uma organização sindical à UIS – Serviços Públicos deve contribuir para fortalecer a autonomia destas entidades, mediante o respeito à soberania de todas as entidades sindicais, como base numa ampla e sólida unidade internacional, para o enfrentamento das políticas de desmonte dos serviços públicos, orquestradas e praticadas por governos e monopólios de caráter imperialista, antinacionais e contrários à organização sindical dos trabalhadores, foi um momento memorável onde os Trabalhadores dos Serviços Publicos Mundial conclamou a unidade de todos os trabalhadores frente à crise mundial do imperialismo
Tal unidade apontou ações concretas frente à crise mundial, diretrizes e alternativas democráticas e progressistas no interesse maior dos povos e das Nações para derrotar, de vez, o moribundo modelo neoliberal que tantos males causou aos trabalhadores em todo o mundo.
Principalmente neste momento que se tornou necessário o fortalecimento das ações do Estado, mas que estas não se reduzam à transferência pura e simples de recursos públicos para salvar bancos e monopólios, que usam dinheiro estatal para demitir trabalhadores, pagar altíssimas gratificações aos seus altos executivos ou aprofundar a exploração do povo mediante a prática de juros abusivos. O fortalecimento e o fato de ter ocorrido este encontro no Brasil da UIS – Serviços Públicos apontou com firmeza que o papel do Estado deve ser de agente do desenvolvimento e do crescimento econômico, o que implica em investimentos públicos nos setores essenciais, na valorização de trabalhadores e trabalhadoras, na geração de emprego e renda com maior participação social.
Sindicalistas da CTB
A CTB participou deste encontro com uma representação muito coesa e determinada, com destaque em sua intervenção pela justeza política e determinismo de seus representantes que teve um papel destacado no congresso.
Com esta determinação conclamamos os militantes classista a se apropriarem desta discussão, promovendo debates, lendo os documentos desta entidade e discutindo com a categoria, para possível filiação. Neste momento de economia globalizada a unidade dos trabalhadores do serviço público é fundamental para nos capacitar frente aos ataques dos capitalistas e do capital
Procure maiores informação com a Coordenação Nacional da CTB.
João Paulo Ribeiro – Diretor da Fasubra Sindical e da Coordenação Nacional de Servidores Publico da CTB