Honduras: missão da CIDH se reúne com juízes da corte suprema

A missão enviada a Honduras pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) se reuniu hoje em Tegucigalpa com membros da Corte Suprema de Justiça, primeiro de uma série de encontros que ocorrerão até sexta-feira.

A delegação pretende manter conversas com diversos setores para avaliar a situação dos direitos humanos no país depois do golpe de Estado que destituiu o presidente Manuel Zelaya, no dia 28 de junho.

Os posicionamentos do grupo, porém, só serão conhecidos ao término da visita, mediante a publicação de um relatório. "Não emitiremos declarações ou conclusões [antes de elaborar o relatório]", avisou o primeiro vice-presidente da CIDH, o argentino Victor Abramovich, que está em Honduras.

Desde a instauração do governo do presidente de facto, Roberto Micheletti, que substituiu Zelaya, as denúncias de violações dos direitos humanos, cometidas por agentes da força pública, têm sido frequentes entre setores que reivindicam a volta do mandatário deposto.

A missão da CIDH também é integrada pela presidente da organização, a venezuelana Luz Patricia Mejía, pelo segundo vice-presidente e relator para Honduras, o chileno Felipe González, pelo comissário norte-americano Paolo Carozza, pelo secretário-executivo Santiago Canton e por membros da Secretaria Executiva.

Ontem, Canton informou que receberia as denúncias sobre violações dos direitos humanos e, em seguida, teria reuniões com representantes da Corte Suprema de Justiça, do Congresso Nacional, do Ministério Público e da sociedade civil, além de visitar diversas regiões do país.

Os membros da comissão, cuja sede temporária será o Hotel Intercontinental de Tegucigalpa, terão acesso às prisões e poderão conversar em particular com os detidos.

A missão não prevê reuniões com integrantes do governo de Micheletti. A CIDH é uma entidade autônoma da Organização dos Estados Americanos (OEA), formada por sete membros independentes eleitos pela Assembleia Geral do órgão.

(ANSA)

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