A capital hondurenha Tegucigalpa e o município industrial de San Pedro de Sula deverão receber milhares de manifestantes amanhã (11), Dia de Ação Global por Honduras. Em marcha desde a última quarta-feira (5), os grupos hondurenhos exigem a restituição do presidente Manuel Zelaya, deposto e expulso do país em 28 de junho. A marcha está sendo organizada pela Frente Nacional de Resistência contra o Golpe.
No final de semana, cerca de duas mil pessoas provenientes do ocidente do país atravessaram o município de Quimistan, chegaram a Ceibita e se uniram aos manifestantes do departamento de Santa Bárbara. No percurso, eles recebem alimentação, água e medicamentos da comunidade local.
Outro grupo partiu do Litoral Atlântico e chegará a San Pedro de Sula amanhã, junto com o anterior. Já os manifestantes que partiram de Olancho, El Paraíso, Valle, Comayagua e de Choluteca se encontrarão amanhã em Tegucigalpa. Ontem, restavam poucos quilômetros para que os cerca de 600 manifestantes de Olancho e Francisco Morazán chegassem à capital.
Os manifestantes do município de Victoria, departamento de Yoro, caminharam cerca de 170 quilômetros. A marcha é composta por camponeses, pecuaristas, comerciantes, professores, estudantes e profissionais de modo geral. As mulheres estão em grande número.
Missão impulsiona manifestações internacionais para amanhã
Após concluir, no último dia 8, sua visita ao país, a Missão Sindical Internacional de Solidaridade com Honduras estimulou a comunidade internacional a realizar uma jornada de lutas internacionais amanhã (11). As manifestações serão mantidas no dia seguinte. Para o grupo, "os próximos dias serão decisivos para a resolução do conflito em Honduras".
"O regime golpista pretende transmitir uma sensação de normalidade, quando as mobilizações não param, os bloqueios de estradas, a suspensão dos serviços públicos e a quase paralisia de atividades em setores como o turismo, o transporte publico, a saúde e a educação continuam", denunciou a missão em seu informe final.
O grupo pretende coordenar ações nas zonas fronteiriças de Honduras que envolvam organizações sindicais dos países vizinhos. A missão também deverá pressionar os organismos internacionais de comércio para a adoção de medidas contrárias ao regime golpista de Roberto Micheletti.
A missão chegou ao país no dia em que a marcha nacional foi iniciada, 5 de agosto. Ela foi composta por 15 representantes sindicais das Américas e Europa. O grupo foi organizado pela Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA/CSI) e pelas Federações Sindicais internacionais (FSI).
Fonte: Agência Adital