Na quinta feira passada, dia 6 de agosto, um noticiário de rádio recordou o “aniversário” de 64 anos do ataque atômico desferido contra Hiroshima, já no final da II Guerra Mundial.
Naquele dia todos os homens e mulheres do mundo e todas as demais gerações desde então conheceram um novo tipo de horror, diferente de tudo o que já fora experimentado pela humanidade, muito embora devamos reconhecer que nesse período em que a barbárie prevalece, conforme previa Karl Marx, todos os sistemas do capital têm sido bem “criativos” em seus esquemas de destruição.
Guerra já estava ganha
De todo modo nós, militantes da CTB que propugnamos a luta pela PAZ MUNDIAL em nosso programa, não podemos deixar de registrar que quando os EUA arremessaram a maldita bomba de 60Kg de urânio em Hiroshima, a 2ª Guerra já estava ganha e tratava-se de afirmar que estava surgindo um novo império: o império americano! Império este que nunca pagou pelo crime que cometeu então e, o que é pior, nunca respondeu pelos danos que a devastação nuclear causou nos homens, mulheres e crianças japonesas das regiões atingidas. O que dizer do aumento – muito acima da média – de nascimentos de descerebrados, deficientes mentais, mutilados.
Pensando nessa tristíssima página da história humana cabe lembrar que ainda hoje muitas das bombas e equipamentos usados pelos EUA e seus aliados no Iraque e Afeganistão são armas químicas e suas sequelas nas populações atacadas e até mesmo nos militares envolvidos ainda não foram devidamente avaliadas.
AL sob ameaça
Agora os EUA estão empenhados em instalar na América do Sul mais 3 bases de capacidade e poderio militares que ainda não podemos avaliar com precisão. De todo modo essas bases trarão junto consigo mais 800 militares de alta patente, além de 600 civis americanos. Isso sem contar com os quadros das forças armadas da Colômbia, a que mais cresce em nosso continente.
No mês passado, na sua Assembléia Nacional, a militância do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz, CEBRAPAZ, debateu com profundidade os temas da militarização e das bases estrangeiras no continente e, na ocasião, diversos participantes, inclusive de delegações estrangeiras, chamaram a atenção para o fato de os Estados Unidos estarem dispostos a transformar a Colômbia em uma “Israel da América Latina” cujo objetivo seria cercear as mudanças populares e anti-capitalistas que começam a surgir nos governos populares na região. Vale a pena entrar no site do CEBRAPAZ para ler na íntegra a nota publicada sobre esse tema.
Da parte da CTB, além dessa manifestação formal creio que devemos apoiar a iniciativa dos presidentes Lula (Brasil) e Bachellet (Chile) de convocar para o próximo dia 10 de agosto o Conselho de Defesa Sul-americano para tratar do tema e, se possível, fazer chegar a esse Conselho uma posição unitária de luta pelo desmantelamento de todas as bases militares estrangeiras no mundo, em especial as que estão situadas em nosso continente e um firme repúdio às práticas fascistas do Governo Uribe, que oprime o povo colombiano, é cúmplice nos assassinatos de sindicalistas e lideranças populares e quer transformar aquele país irmão num Estado terrorista contra os povos e países da região e governos democráticos e antiimperialistas.
Pela Paz Mundial e Soberania dos povos.
Pelo desarmamento dos países em particular das potências imperialistas.
Sônia Latge é Secretária de Políticas Sociais e Previdência da CTB