Depois de quase uma semana de paralisação, os sindicatos de trabalhadores da África do Sul admitiram pela primeira vez a possibilidade de chegar a um acordo com as empresas empregadoras e, assim, retomar as obras nos estádios da Copa do Mundo de 2010.
As empresas não melhoraram a proposta de reajuste salarial (a atual oferta é de 11,5% de aumento, contra 13% exigido pelos trabalhadores), mas ainda assim os representantes dos operários começaram a considerar a possibilidade de encerrar a greve.
Maior sindicato do país, a União Nacional dos Mineradores (NUM) abriu as portas para uma nova negociação. “Os membros da NUM estão dispostos a aceitar a oferta, mas existem algumas condições que os empregadores deverão cumprir”, afirmou o comunicado da entidade. Contudo, não foi explicado quais condições seriam essas.
O representante de outro sindicato, a União dos Trabalhadores da Construção Civil, se mostrou otimista. “Acreditamos que estamos chegando muito perto de um acordo. Na próxima reunião esse acordo vai depender dos empregadores”, afirmou Narius Moloto.
A próxima rodada de negociações acontece nesta quarta-feira. Com seis dias de duração até o momento, a greve tirou 70 mil operários das obras de seis estádios que receberão jogos da Copa e atrapalhou também a construção de uma linha de metrô em Joanesburgo, além de outras melhorias na infraestrutura do país para receber o Mundial no próximo ano.