Ao que tudo indica, o presidente legítimo retornará a seu país com mais força – e com o aval da Organização das Nações Unidas, que aprovou na tarde de hoje, por aclamação, a resolução contra o Golpe de Estado, a qual exige o retorno imediato e pacífico de Zelaya à presidência do país. Zelaya afirmou que voltaria ao país durante a reunião do Grupo do Rio (grupo consultivo, que congrega 22 países da América Latina e Caribe). Na ocasião, chegou a convidar o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e demais mandatários latino-americanos que o quisessem acompanhar. Caso se confirme a viagem, a comitiva terá à frente a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
"Depois do meu regresso de Washington, vou a Tegucigalpa [capital hondurenha]. Que me espere o povo, que me espere o Exército e que me esperem os que querem sacrificar este sistema", afirmou o presidente eleito em 2006, lembrando que faltam sete meses para que seu mandato seja concluído.
Em entrevista à Rádio América na manhã de hoje, Roberto Micheletti – que já nomeou todos os novos ministros – acusou a gestão de Zelaya de diversas irregularidades e arbitrariedades. Os jornais locais pró-Golpe afirmam que há, de fato, um mandato de prisão preparado contra Mel, como é popularmente conhecido em seu país.
Em seu pronunciamento na ONU, Zelaya ressaltou a legitimidade de sua eleição e que o povo hondurenho não merece passar por um período dramático e repressivo em sua história.
Além da ONU, da OEA e do Grupo Rio, o SICA (Sistema de Integração Centro-Americano) e a ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América) também condenaram, ontem, o golpe de Estado hondurenho contra o governo de Manuel Zelaya Rosales.
Fonte: Agência Adital