A Organização dos Estados Americanos (OEA) deu prazo de três dias para que o governo interino de Honduras devolva o poder ao presidente deposto, Manuel Zelaya, caso contrário, o país poderá ser suspenso do órgão.
Segundo o secretário-geral da OEA, José Miguel Inzulza, se o governo interino não reconduzir Zelaya ao poder, a organização poderá votar pela suspensão de Honduras.
O presidente deposto disse que vai retornar a Honduras na quinta-feira, acompanhado da presidente argentina, Cristina Kirchner, e do presidente do Equador, Rafael Correa, mas prometeu não buscar a reeleição.
Mas o líder interino do país, Roberto Micheletti, afirmou que, se Zelaya realmente voltar, será preso ao desembarcar, sob a acusação de violar a Constituição.
Isolamento
O golpe militar que derrubou Zelaya foi amplamente criticado por vários países e organismos internacionais. Na terça-feira, a Assembleia Geral da ONU condenou o golpe militar por aclamação, pedindo que Zelaya seja reconduzido ao poder ''imediatamente e incondicionalmente''.
Em uma resolução aprovada de forma consensual, a ONU pediu ''com firmeza e categoricamente, que todos os países não reconheçam outro governo que não seja o de Zelaya''. Na terça-feira, o Banco Mundial confirmou que vai suspender uma ajuda de cerca de US$ 400 milhões que seria destinada a Honduras até que a situação política do país se esclareça.
A Espanha decidiu retirar de Honduras o seu embaixador, acompanhando a decisão das nações que compõem a ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas). O governo brasileiro suspendeu o retorno do seu embaixador (que estava de férias) para Tegucigalpa (capital do país centro-americano).
(Portal CTB, com informações da BBC Brasil)