Lula chegou nesta terça-feira a Trípoli, onde amanhã participa de uma cúpula da União Africana (UA). Em declarações à Agência Efe logo após seu desembarque, o presidente disse que o embaixador do Brasil em Tegucigalpa foi retirado em protesto contra o golpe.
Ainda segundo o chefe de Estado, todos os projetos de cooperação no país centro-americano serão congelados.
"O que aconteceu em Honduras foi um ato insano. Parte dos políticos hondurenhos perdeu a cabeça. Como é possível derrubar um presidente eleito democraticamente de madrugada e deportá-lo para outro país?", perguntou Lula.
Além de ressaltar que "o mundo todo está contra" o ocorrido em Honduras, o presidente destacou o fato de a Organização dos Estados Americanos (OEA), os Estados Unidos, a ONU e a União Europeia (UE) terem condenado o golpe.
"Não podemos admitir mais golpes militares em nosso continente. Já passamos muito por isso nos anos 60 e estamos muito longe de tudo isso", afirmou.
Lula disse que o Brasil cumprirá tudo o que a ONU decidir para restabelecer a democracia em Honduras. Declarou ainda que o sistema democrático "deve ser levado até suas últimas consequências".
(EFE)