A Fundação Seade e o Dieese, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, divulgaram estudos sobre a situação no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo em 2008 e como o tipo de arranjo familiar diferencia a inserção de esposas ou mulheres chefes de família no mercado.
O primeiro mostra que a taxa de participação das mulheres (proporção que participa do mercado de trabalho como ocupada ou desempregada) voltou a crescer, ao passar de 55,1% para 56,4%, entre 2007 e 2008. Esse aumento ocorreu em todos os grupos de idade, escolaridade, raça/cor e posição no domicílio, mas atingiu, particularmente, as mulheres de 50 a 59 anos, as que possuíam pelo menos o ensino fundamental completo, as cônjuges e as filhas.
As taxas de desemprego total feminina e masculina diminuíram pelo quinto ano consecutivo. Entre as mulheres, passou de 17,8%, em 2007, para 16,5%, em 2008, e, para os homens, decresceu com mais intensidade, assim como nos três anos anteriores, chegando a 10,7%.
Para as mulheres, o nível de ocupação cresceu mais do que para os homens, principalmente nos setores de Serviços e Comércio.
Em 2008, o rendimento médio real por hora das mulheres ocupadas apresentou pequena variação negativa em relação ao ano anterior (-0,9%) e passou a corresponder a R$ 5,76, valor que equivale a 76,4% daquele auferido pelos homens (R$ 7,53). Para estes, houve ligeiro aumento de 1,0%, o que ampliou a diferença entre os dois rendimentos.
O segundo estudo avalia como o tipo de arranjo familiar diferencia a inserção de cônjuges ou mulheres chefes de família no mercado de trabalho, considerando a existência ou não de filhos, a condição de atividade do chefe de família, entre outros que possam ser importantes para a entrada e permanência dessas mulheres no mundo do trabalho.
A análise de alguns resultados permitiu afirmar que a existência de filhos não impede a participação feminina no mercado de trabalho, mas parece influenciar quando estes são menores de um ano de idade.
Mulheres chefes de família e cônjuges, com ou sem filhos, empregam-se mais como assalariadas, depois no serviço doméstico e, em terceiro, como autônomas. Já entre as mulheres que moravam sozinhas, a segunda forma de inserção era de autônoma.
Os dados foram retirados da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação Seade e do Dieese para o biênio 2007/2008.
Consulte aqui a íntegra dos resultados da análise anual de 2008 e os dados do estudo sobre a inserção de chefes e cônjuges no mercado de trabalho.
Com Seade e Agência Brasil