Brasil, Argentina e México criticaram neste fim de semana a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, que em mais de uma semana de ataques já provocou a morte de 500 palestinos, sendo 87 crianças, segundo fontes palestinas.
Em nota emitida no sábado (3), o Itamaraty defendeu a realização de uma cúpula internacional para discutir o conflito. O governo brasileiro deplorou a invasão terrestre de Gaza, iniciada no sábado pelo Exército israelense — e pediu a trégua imediata na região.
"Reiterando declarações em que conclama ambas as partes a se absterem de atos de violência, o governo brasileiro apóia os esforços, inclusive no Conselho de Segurança da ONU, por um cessar-fogo imediato, de modo a permitir a pronta retomada do processo de paz”, diz o texto.
Já a Argentina, ao condenar a operação, chamou a atenção para o "uso desproporcional da força" por parte de Israel. O país rejeitou também os lançamentos de foguetes feitos pelo Hamas contra alvos situados no sul de Israel.
"A Argentina insta a Israel a que se retire da Faixa de Gaza e siga plenamente suas obrigações de respeitar o direito internacional e tome todos os cuidados necessários para proteger a população civil palestina, a que mais tem sofrido em conseqüência destes enfrentamentos", diz uma nota divulgada pela Chancelaria de Buenos Aires.
"A situação humanitária na Faixa de Gaza é motivo de particular preocupação para nosso país, razão pela qual a Argentina se soma a outros países da comunidade internacional ao solicitar uma trégua humanitária que permita atender adequadamente a população que está em risco", acrescenta o documento.
O México — que na semana passada tomou posse como um dos membros não-permanentes do Conselho de Segurança da ONU — declarou que apóia uma solução "integral e de longo prazo" para o conflito, que esteja de acordo com o direito internacional. O país também condenou o uso da violência "por qualquer razão".
Em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores divulgado neste domingo, o México reafirmou seu "chamado urgente às partes para um cessar-fogo imediato e permitir o acesso da ajuda humanitária para atender aos feridos". O encontro do Conselho de Segurança da ONU, convocado pela Líbia, terminou sem consenso, motivo pelo qual a entidade não divulgou nenhuma resolução.
Da Redação, com informações da Ansa Latina