O Brasil foi o segundo país onde mais empresas – 45 ao todo – perderam mais de 80% de seus valores de mercado em 2008 nas bolsas dos Estados Unidos e da América Latina, segundo estudo divulgado hoje (5) pela empresa de consultoria Economática.
O único país que teve mais empresas do que o Brasil nesta situação foram os próprios Estados Unidos, onde 59 firmas sofreram perdas deste montante.
Juntos, os dois países respondem por 104 das 122 empresas com ações negociadas nas bolsas da região pesquisada a perderem mais de 80% de seus valores.
Estas 122 empresas correspondem a 6,5% de um total de 1.888 pesquisadas na região pela Economática e, somadas, caíram de US$ 978,6 bilhões, no fechamento das bolsas em 2007, para US$ 115,6 bilhões no final de 2008, com uma perda média de 88,2%.
As empresas analisadas são 357 brasileiras, 173 chilenas, 108 mexicanas, 105 peruanas, 80 argentinas, 38 venezuelanas, 27 colombianas e as mil maiores dos Estados Unidos por valor de mercado.
As quatro maiores perdas proporcionais foram de firmas americanas, incluindo o banco de investimentos Lehman Brothers, que quebrou – em segundo lugar, com 99,7%; o primeiro foi da firma de páginas amarelas Idaerc, com 99,9%.
No Brasil, a maior perda proporcional – quinta no total -, foi da Agrenco, do setor de agronegócios, cujo valor caiu 98,3%, de US$ 836,7 milhões para US$ 14,5 milhões.
Em valores absolutos, a empresa que mais perdeu valor de mercado na região em 2008 foi a seguradora americana AIG com uma redução de US$ 143,6 bilhões, ao cair de US$ 147,8 bilhões para US$ 4,2 bilhões.
A segunda maior perda nominal foi da fábrica de celulose brasileira Aracruz, cujo valor de mercado caiu de US$ 8,3 bilhões para US$ 1,4 bilhão no período, uma queda de US$ 6,9 bilhões.
EFE