As Assembléias Cidadãs de localidades argentinas que se opõem à exploração mineira começarão nesta segunda-feira uma semana em que farão uma greve de fome em Buenos Aires, com o intuito de que os parlamentares escutem as suas reivindicações.
A exploração mineira na província de Tucumán, norte do país, fez com que várias crianças fossem vítimas de várias doenças, como a leucemia, no local onde acontece a extração mineira.
As doenças e "o avanço sobre os recursos naturais por parte das empresas, que acabam contaminando o meio ambiente", são algumas das denúncias realizadas pela União das Assembléias Cidadãs da Argentina, formada por movimentos populares de locais que se opõem à implantação ou à continuidade da exploração mineira, em desenvolvimento desde as leis aprovadas pelo governo de Carlos Menem nos anos 90.
A partir de amanhã, as assembléias irão se instalar diante do Congresso e darão início a um jejum e outras atividades para que as suas reivindicações sejam ouvidas, entre as quais "a revisão das leis da infame década de 90, que permitiram que as multinacionais arruinassem os povos" do norte.
A luta contra a exploração de minérios começou no povoado de Esquel, província de Chubut, na Patagônia, com o triunfo do "não" à mina no plebiscito, por 81% dos votos.
Em Esquel, foi explorada uma mina a céu aberto chamada El Desquite, da companhia canadense Meridian Gold, que utilizava 2.160 toneladas por ano de cianeto de sódio, que permite extrair o ouro e a prata, substância contaminadora e causadora de doenças. (ANSA)