Depois de várias polêmicas demarcadas entre opositores e aliados do governo de Manuel Zelaya, o Congresso de Honduras aprovou a entrada do país à Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba)
A votação aconteceu num processo demorado, com a abstenção de 55 membros da bancada da oposição do Partido Nacional (PN) e com o apoio de 62 membros do Partido Liberal (PL).
O país já acompanhava a Alba como observador e só em agosto foi feito o anúncio oficial da adesão à iniciativa que pretende se contrapor aos modelos neoliberais vigentes, como a Alca, Nafta e outros.
Na última quinta-feira (9), durante a votação, centenas de hondurenhos organizados em movimentos foram para a frente do Congresso acompanhar a votação e pressionar aos legisladores para que votassem favoráveis ao projeto de construção de uma nova política de desenvolvimento para o país, que tem um dos maiores índices de pobreza da América Latina.
O comunicado oficial da adesão, em 25 de agosto, destaca: "Em Honduras, o Modelo Neoliberal tem significado o aumento da pobreza e um sistemático processo de exclusão social que mantém precária a qualidade de vida dos hondurenhos impedindo alcançar a equidade necessária para conviver em paz, harmonia e em progresso. Por isso, compartilhamos a convicção que a cooperação e a solidariedade entre os povos latino-americanos farão possível a inserção exitosa na economia mundial, tendo como eixo central a coesão social e o privilégio do ser humano".
A Alba, como proposta de integração de combate à pobreza, hoje conta com a adesão de Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Dominica.
Fonte: Agência Adital