O presidente, Alan García, o ministro de Defesa, Antero Flores-Aráoz e as Forças Armadas peruanas, são denunciados como responsáveis pela desaparição de umas 11 pessoas, entre as quais havia pelo menos 2 crianças.
Moradores da comunidade de Pichis Río Seco, na província de Huanta, deram seu testemunho a Rádio Amauta sobre o seqüestro e desaparição de pessoas no dia 14 de setembro passado.
Segundo informou a Coordenadoria Nacional de Rádios do Peru (CNR), Lucy Pichardo, um dos familiares das pessoas desaparecidas explicou que forças militares ingressaram à noite na comunidade, com disparos ao ar, presumivelmente dentro de uma operação anti-drogas.
Logo depois do ingresso dos militares, chegaram dois helicópteros que iniciaram um bombardeio na zona, e muitos dos habitantes tiveram que fugir da comunidade, sustentaram as testemunhas. As Forças Armadas e o ministério de Defesa do Peru negaram a informação e asseguraram que se tratou de um enfrentamento entre o exército peruano e a remanescente da organização guerrilheira Sendero Luminoso.
Mesmo assim, em declarações a Radio Nederland, Yúber Alarcón, advogado representante da Associação Pro Direitos Humanos de Ayacucho, explicou que na região existem 11 pessoas desaparecidas, e não se sabe se alguma delas ainda está viva.
Além disso, anunciou que advogados dos familiares de assassinados e desaparecidos no dia 14 de setembro passado, interpuseram um hábeas corpus contra o Presidente da República, Alan García e o ministro de Defesa do Peru, Antero Flores-Aráoz.
Adital – A notícia é da Pulsar