O Comitê de Integração do Maciço Colombiano (Cima) denuncia e pede que se tomem as devidas providências por conta do assassinato, ocorrido no último sábado (20), do defensor de direitos humanos, Eve Gonzáles. Líder da organização social Cima, Gonzáles atuava no município de Sucre, e em outros adjacentes desde 1994, e foi assassinado por pistoleiros que se mobilizavam numa moto.
Vítima de incessantes ameaças por causa de seu trabalho, o líder, em 2000, foi vinculado ao sistema de proteção do Ministério do Interior. Da mesma forma, desde 2003 foi amparado pelas medidas cautelares que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos ordenada ao Estado colombiano.
Em maio de 2004, foi vítima da política de detenções e judicializações maciças. Tal circunstância aumentou seus riscos e vulnerabilidade devido às indicações originadas a partir da aplicação deste tipo de política. Em seu caso, ficou demonstrada sua inocência, a montagem que foi feita e sua liderança social camponesa.
Atualmente, encontrava-se apoiando o esclarecimento de casos de execuções extrajudiciais ocorridos no município de Sucre em 2007, com a participação dos familiares das vítimas e da Defensoria Pública de Cauca.
"A organização social Camponesa Comitê de Integração do Maciço Colombiano exige ao Estado colombiano, às autoridades civis e militares, ao Ministério Público, à Promotoria geral da Nação e ao Ministério do Interior que investiguem, esclareçam e castiguem os responsáveis por esse crime", afirma, em documento, os membros de Cima.
Chamam as organizações defensoras de direitos humanos nacionais e internacionais para que se solidarizem em defesa da vida digna tanto de suas comunidades como de seus líderes, e no direito a defender e fortalecer a organização social camponesa.
Adital