A campanha a favor e contra da nova Constituição equatoriana entrou hoje em sua etapa final com uma intensificação das ações por parte dos partidos políticos e organizações sociais.
Eduardo Paredes, um dos líderes do Aliança País, assinalou que estão se preparando para a grande concentração do próximo dia 25, o qual será realizado no Estádio Modelo de Guayaquil.
Trata-se de uma grande festa político-cultural, à qual assistirá o presidente Rafael Correa, e na qual se ratificará o respaldo à proposta de mudança, a favor da Carta Magna elaborada numa Assembléia Constituinte, destacou, segundo meios de imprensa nacionais.
Paredes assinalou que o ato será muito similar ao de início da campanha, no qual se apresentaram artistas nacionais, e participaram várias organizações sociais e políticas que apóiam o sim no referendo do próximo domingo.
Em Quito, serão realizadas concentrações de encerramento da campanha em oito distritos metropolitanos, com o respaldo de grupos populares e dos bairros, acrescentou.
Os maiores esforços se concentrarão na província de Guayas e em especial em Guayaquil, onde desde a semana passada se efetuam visitas casa por casa em busca de captar aos adeptos e ao voto dos indecisos, asseverou.
O partido Sociedade Patriótica (PSP) do ex-presidente Lucio Gutiérrez realizará uma caravana motorizada por bairros de Guayaquil para incitar à população a votar não na consulta do dia 28.
Gutiérrez indicou que de acordo com as pesquisas, os opostos ao texto constitucional são a maioria dos guayaquilenhos.
Os social-cristãos, liderados pelo prefeito dessa cidade, Jaime Nebot, preparam igualmente seu ato para esta quinta-feira, e desde já buscam comprometer à cidadania.
Outros agrupamentos de estudantes, transportadores, indígenas optaram por realizar mobilizações nestes dias, mas no próximo 25 se somarão à concentração do Aliança País.
Para o presidente equatoriano, no próximo dia 28, quando se votará pela nova Constituição, decidir-se-á o futuro do Equador, pois nesse dia a cidadania dirá se quer um futuro melhor ou o passado corrupto, desigual, que nos deixaram velhas administrações oligarcas.
As consultas realizadas nos últimos dias revelam que o projeto de Carta Política receberá o respaldo de mais de 60 por cento dos eleitores, contra 27 por cento que votará não e outro 13 por cento que deixará a cédula em branco ou a anulará.
Quito, 22 set (Prensa Latina)