O México, que ocupa a secretaria temporária do Grupo do Rio, informou em um comunicado de sua Chancelaria que os países integrantes pedem para que todos os atores políticos bolivianos "retomem imediatamente o processo de diálogo nacional convocado por Evo Morales".
Após lamentar a perda de vidas na Bolívia e condenar os ataques às instalações e sedes de instituições públicas, o Grupo do Rio reafirmou sua "ligação ao princípio de respeito à integridade dos Estados".
Os países também apontaram a necessidade de discutir a situação e alcançar uma solução tendo em vista o Estado de Direito e a ordem institucional boliviana.
O Grupo confiou que a reunião extraordinária de presidentes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) irá ajudar a desdobrar e restabelecer o diálogo entre os atores políticos da Bolívia.
O Grupo do Rio é integrado por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela e um representante rotativo da Comunidade do Caribe (Caricom).
O presidente dominicano, Leonel Fernández, declarou nesta segunda "seu firme apoio ao governo constitucional da Bolívia, democraticamente eleito e encabeçado por Evo Morales", disse uma nota divulgada pelo Palácio Nacional.
"Os bolivianos devem buscar uma saída para a atual crise para que a ordem institucional não seja interrompida, de tal forma que o presidente Evo Morales cumpra com seu mandato constitucional", manifestou o presidente Fernández em um comunicado lido pelo porta-voz presidencial Rafael Núñez.
O anúncio surpreendeu muitos já que o presidente Fernández não costuma realizar esse tipo de pronunciamento público quando se trata de países opositores aos Estados Unidos.
Fernández deu também seu apoio ao esforço que realizam os países da América Latina através da Unasul, a fim de garantir a governabilidade democrática na Bolívia.
O mandatário dominicano se manifestou de acordo com os esforços que encaminham os países vizinhos para que as partes em conflito cheguem e um entendimento pela via do diálogo, de maneira que a ordem democrática não fique prejudicada na Bolívia. (ANSA)