Ele enfatizou que essa colaboração não representa nenhuma interferência. "A preocupação do presidente Lula com uma possível ingerência nos negócios internos de um país deve desaparecer, neste momento, e ceder lugar a uma concepção mais pragmática de que os bolivianos precisam de ajuda. Além do mais, nós não estamos forçando nada, nem estamos nos oferecendo. Eu ouvi diversas vezes apelos de lideranças bolivianas pelo envolvimento do Brasil, que é o país mais confiável nessa história toda."
Vão participar da visita, até sábado (20), os deputados Claudio Cajado (DEM-BA), Dr. Rosinha (PT-PR), Fernando Melo (PT-AC), Henrique Afonso (PT-AC), Nilson Mourão (PT-AC), Professor Ruy Pauletti (PSDB-RS) e Raul Jungmann (PPS-PE).
Os deputados planejam entrar em contato com políticos que sejam a favor e contra o governo de Evo Morales.
Ataques
A crise boliviana começou a se agravar na semana passada, quando manifestantes de oposição explodiram um gasoduto da Petrobras. Grupos civis também invadiram prédios públicos e atacaram sedes de veículos de comunicação do governo. Os manifestantes acusam o presidente Evo Morales de adotar medidas estatizantes. Os protestos começaram depois que o governo reduziu o repasse de verbas para alguns departamentos do país, para aumentar o valor das pensões de idosos.
Os protestos contra Morales são mais fortes nos cinco departamentos governados pela oposição – Santa Cruz, Pando, Beni, Tarija e Chuquisaca.
Na manhã desta terça, o dirigente do departamento de Pando foi escoltado pela polícia até a capital do país, La Paz. Esse governador (Leopoldo Fernández) é acusado de ter sido o responsável pelas mortes de 17 camponeses indígenas na semana passada na localidade de El Porvenir.
Agência Câmara