Dorfler ressaltou que grupos pequenos estão fazendo o que chamou de "atos terroristas" e que a maioria da população não concorda com esses atos. "Não podemos submeter o resto dos bolivianos a uma situação de exceção", completou.
O ministro da Fazenda boliviano, Luis Alberto Arce, que está no Brasil, disse que houve uma tentativa de golpe no país, combinada com atos de vandalismo e de terrorismo. "O governo está tomando as medidas necessárias e está instruindo as forças armadas da Bolívia a resguardar os campos petroleiros e de gás do país. A polícia nacional está fazendo as investigações necessárias", disse.
Ele negou, no entanto, que o país passe por uma guerra civil e reafirmou que os grupos de oposição são pequenos, de "200 a 400 pessoas que estão radicalizando suas ações".
"São reduzidos grupos, financiados, que agem em função de certas instruções que recebem", disse. Para ele, houve uma coincidência entre a radicalização dos atos e a chegada à Bolívia de integrantes da oposição dos Estados Unidos.
Dorfler lembrou que, ontem, o embaixador norte-americano Philip Goldberg foi considerado persona non grata pelo governo Morales por se intrometer em assuntos internos do país em diversas ocasiões. "O presidente Evo foi absolutamente claro, é uma situação que apareceu em reiteradas oportunidades, as intromissões do embaixador nos assuntos internos como pessoa", afirmou.
Ontem, os EUA afirmaram que as acusações são "infundadas".
LORENNA RODRIGUES
da Folha Online