Governo boliviano acusou a oposição de escalada de violência

La Paz, 23 ago (Prensa Latina) O governo boliviano acusou ao opositor Conselho Nacional Democrático (CONALDE) de incitar mais atos de violência e adiantou que adotará as medidas necessárias para evitar a desestabilização do país. De acordo com o vice-presidente da República, Álvaro García, a ameaça dos governadores de Pando, Beni, Santa Cruz e Tarija de tomar nesta segunda-feira (25-8) instalações de gás natural na localidade sul de Villamontes é um atentado contra a segurança nacional.

García assegurou, também, que o Executivo fará tudo o que corresponde para garantir o abastecimento normal de hidrocarbonetos e manter a produção de energéticos livre de bloqueios. Depois de uma paralisação de 24 horas, sem sucesso, e de um bloqueio de estradas, que teve o mesmo resultado, agora as autoridades dessas regiões, adversárias do atual processo de mudanças, tentam afetar a economia e a todos os bolivianos, afirmou.

Agressão brutal

 

Os dirigentes territoriais exigem a devolução dos rendimentos pelo Imposto Direto aos Hidrocarbonetos que o governo central destina aos projetos sociais, como a entrega de uma renda vitalícia para pessoas maiores de 60 anos. Também exigem maiores preços do gás natural que a Bolívia fornece ao Brasil e à Argentina. Igualmente, recusam a convocação lançada pelo Palácio Quemado para aprovar em um referendo popular a nova Constituição Política do Estado (CPE).

Sobre o tema, García qualificou como uma agressão brutal as novas medidas de pressão anunciadas pelo CONALDE. "A Bolívia inteira vive do gás, do petróleo, atentar contra isso é atentar contra a vida dos bolivianos, contra sua base material", assinalou. Também afirmou que "tomaremos as medidas que forem necessárias para garantir que nossa coluna vertebral, nossas veias por onde circula o sangue, o alimento dos bolivianos, mantenha-se sem bloqueios e sem obstrução".

O vice-presidente assegurou que os energéticos, a terra, a água, pertencem ao patrimônio coletivo do país e serão defendidos. Disse que o governo reiterou seu chamado aos governadores opositores para dialogar sobre este e outros temas e conseguir um pacto fiscal a favor de todos os estados. (Prensa Latina)

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