Dirigentes da COB afirmaram neste domingo que já têm tudo pronto para o protesto, que promoverá bloqueios em estradas de todo o país, especialmente no departamento andino de Oruro, trecho vital da rede viária boliviana.
A COB, organização matriz dos trabalhadores bolivianos, já foi uma entidade influente, embora pareça ter perdido força frente à atuação setorial de suas federações.
Hoje, o vice-presidente do país, Álvaro García Linera, explicou na televisão estatal as diferenças entre o projeto do Governo e o da COB, que serviu de base para o que o Governo apresentará no Congresso esta semana.
Segundo García Linera, o projeto da COB protege apenas os trabalhadores regulares e assalariados, que na Bolívia são aproximadamente 15% da população.
Outra diferença assinalada pelo vice-presidente é que o Governo quer garantir os depósitos em contas individuais e que os fundos coletivos sejam uma opção.
García Linera pediu aos dirigentes da COB "serenidade", que não enfrentem "suas próprias bases" e que olhem para "os outros operários, os que não têm contrato fixo, os temporários".
"Este projeto merece melhorias substanciais", disse o vice de Morales, após felicitar a COB pelo trabalho "responsável" de apresentar um projeto para a reforma da Previdência. EFE